Pena máxima por violar e matar a mãe
Homem condenado a 25 anos de cadeia.
Roubou com violência o telemóvel e os brincos à mãe de 79 anos, arrancando-os das orelhas, esfaqueou-a com uma faca de cozinha, violou-a ainda viva e matou-a por asfixia. Alcino Jardim, alcoólico e toxicodependente, 46 anos, foi esta terça-feira condenado a pena máxima: 25 anos.
O Tribunal do Funchal deu como provados os crimes de ofensa à integridade física, violação, roubo e homicídio.
O crime ocorreu a 25 de março do ano passado. O homem tinha regressado do Reino Unido, onde foi emigrante, e não tinha trabalho nem dinheiro para os vícios. E terá sido nesse contexto que, embriagado, atacou a mãe, Maria da Conceição, na casa desta, no Arco da Calheta. Os bombeiros, após alerta da família, encontraram um cenário de horror, com um rasto de sangue no quarto da idosa. O homem foi localizado pouco depois, pela PSP, num bar, e entregue à PJ. Ficou em prisão preventiva.
Foi condenado a um total de 36 anos e meio de prisão, tendo em cúmulo jurídico sido sentenciado a 25 anos. Entre os crimes está ainda tráfico de droga, uma vez que na habitação - a mãe acolhia-o num anexo - foram encontradas 140 gramas de canábis. O homicida foi também condenado ao pagamento de 60 mil euros aos quatro irmãos e ainda à perda integral do direito à herança familiar da mãe.
A juíza Teresa Miranda afirmou que, exercendo esta profissão há cerca de 30 anos, nunca tratou de nada "tão horrível". "Isto não tem justificação. É demasiado repugnante e horroroso", disse.
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