PJ apanha droga Khat em sacos de chá verde
Apreensão no Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi a maior de sempre em solo nacional.
O esquema estava bem montado e, tirando a quantidade (que foi, precisamente, o que chamou a atenção), não levantaria suspeitas.
Trata-se de uma planta cultivada em diversas regiões da África Austral e Oriental, é uma droga praticamente desconhecida em Portugal e encontrava-se muito bem dissimulada em sacos de chá verde.
O problema é que tanta quantidade de ‘chá verde’, mais de 250 quilos, a chegar de avião a Portugal não é, naturalmente, uma situação vulgar e, estranhando o caso, os serviços do terminal de cargas do aeroporto alertaram a Polícia Judiciária.
Com a colaboração da Autoridade Tributária, os inspetores da PJ analisaram os sacos e concluíram de imediato que ‘chá verde’ era apenas o rótulo dos sacos.
Após análise (a apreensão ocorreu em março), verificou-se que se tratava de Khat e que a mercadoria não se destinava ao mercado nacional.
Ao CM, a PJ do Porto revelou que "o consumo desta substância não tem grande expressão no nosso país", mas que se trata de uma droga muito procurada nos países do Norte da Europa e nos Estados Unidos.
Aliás, na América do Norte (EUA e Canadá) este é atualmente um dos estupefacientes da moda.
A planta, que pode ser mascada, fumada ou tomada em chá e cujo princípio ativo é a catinona, é um forte alucinogénio.
A investigação levou à maior apreensão de sempre e à detenção de duas pessoas: uma ficou em prisão preventiva e a outra com apresentações semanais.
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