PJ detém duas funcionárias de uma Unidade de Saúde Familiar por inscreverem no SNS milhares de imigrantes ilegais

Além de duas buscas domiciliárias, foi ainda realizada uma busca à Unidade de Saúde Familiar (USF) onde as suspeitas exerciam funções.

Atualizado a 19 de novembro de 2025 às 12:57
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Duas funcionárias administrativas, de 40 e 54 anos, de uma Unidade de Saúde Familiar (USF) foram, esta quarta-feira, detidas pela PJ por suspeitas de corrupção.

Em causa estão indícios de que terão inscrito de forma ilegal milhares de imigrantes no Sistema Nacional de Saúde (SNS).

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"Importa referir que a obtenção do Número Nacional de Utente (NNU) representa a consolidação do processo de legalização em território nacional e a garantia de assistência médica através do SNS", refere a PJ em comunicado. 

Segundo a mesma fonte, além de duas buscas domiciliárias, foi ainda realizada uma busca à Unidade de Saúde Familiar (USF) onde as suspeitas exerciam funções, "resultando destas diligências a apreensão, entre outros, de um enorme acervo de documentação utilizada em processos de atribuição de forma indevida de números de utentes, que inequivocamente correlacionam as detidas, com a prática, entre outros, dos crimes de corrupção passiva, associação de auxílio à imigração ilegal e falsidade informática".

O esquema passava pela atribuição indevida de números de utentes a milhares de estrangeiros que não estão legalizados no nosso país, e que não tinham por isso direito a assistência médica no SNS.

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A PJ desenvolveu assim mais uma fase da 'Operação Gambérria'. Foram já detidas 16 pessoas e constituídas arguidas outras 26, entre as quais sete empresários, uma advogada e uma funcionária da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

As detidas serão presentes ao tribunal Central de Instrução Criminal para aplicação das medidas de coação. 

Em atualização

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