"Muitos como eu apanharam este vírus e continuam a trabalhar": Português fala ao CM

Ministério dos Negócios Estrangeiros confirmou o caso este domingo.

23 de fevereiro de 2020 às 11:32
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Adriano Maranhão esteve este domingo em direto, através de videochamada, na CMTV: "Estou um bocado frustrado e revoltado. A companhia não soube gerir a situação. Muitos como eu apanharam este vírus e continuam a trabalhar", afirmou o português isolado no cruzeiro "Diamond Princess" atracado no Japão há mais de duas semanas.

"A tripulação deveria ter sido isolada como o passageiro foi isolado porque havia sempre a suspeita de contágio. Ninguém sabe onde estava o vírus", contou Adriano, que sublinhou a dificuldade que as autoridades e a companhia responsável pelo cruzeiro tiveram em gerir a situação.

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Existiam mais quatro portugueses a bordo: dois eram passageiros e abandonaram, tendo já abandonado o navio e um tripulante que, segundo Adriano, "apresentou sintomas de febre, saiu do navio para hospitais locais. Nunca mais soubemos dele." O português confirmou ainda que se encontra um outro tripulante a bordo, também da Nazaré, mas que não se encontra infetado.

Em relação à sua condição de isolamento, o português referiu que durante este domingo foi-lhe dado o almoço e o jantar, uma vez que houve pressões por parte da Embaixada portuguesa no Japão diante da direção do navio. "A embaixada é que pediu a comida para mim", contou à CMTV

O português diz que "para já, está bem", mas desconhece o que poderá acontecer nas próximas horas. "Não sei quando é que vou, nem sei para onde porque ainda não me foi dada essa informação. Estão à procura de hospitais."

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Sobre um possível regresso a Portugal, Adriano Maranhão afirma que não deverá voltar ao País tão cedo. "Tão depressa não irei. Já estou aqui há três meses. Agora dá-se uma situação de que não estava à espera", afirmou o português, que confessa sentir saudades de casa.

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