Português que atirou filho a barragem na Suíça procurado por mergulhadores
António Amadeu, suspeito de matar o filho de 4 anos, continua por encontrar.
As autoridades suíças estão por tudo. Não sabem se António Amadeu fugiu para Portugal ou se se atirou às águas da barragem de Verboins, junto a Genebra, onde domingo passado matou o filho de 4 anos, Tomás, em vingança contra a separação da mãe, também emigrante na Suíça.
Além do alerta à polícia portuguesa, foram feitas buscas nas margens da barragem por 120 cadetes da polícia e mergulhadores vasculharam, com sonares, o fundo. E as brigadas criminais fizeram buscas a casa do homem, procurando pistas. O carro abandonado junto à barragem também foi peritado.
Nas redes sociais multiplicam-se os apelos. Por um lado partilha-se a foto de António Amadeu, 40 anos, alertando que o mesmo poderá estar em várias localidades de Portugal onde lhe é apontada família. Outros, como Eloine Duarte, mãe do pequeno Tomás, convocam os emigrantes para uma "marcha branca" que ocorrerá este domingo à tarde em Lancy, Genebra, com uma largada de balões e a ida de familiares ao cemitério onde Tomás foi sepultado na sexta-feira.
A mulher apela a que a morte do filho "não tenha sido em vão". Afinal, fez várias queixas nos tribunais, Ministério Público, polícia e serviços de proteção de menores avisando para o risco de o pai ter guarda partilhada de Tomás. É que o homem estava indiciado e sob investigação por violência doméstica contra Eloine, conhecida por Didi - que ontem, nas redes sociais, colocou uma fotografia dos dois com a mensagem: "Meu anjo da mamã para sempre".
PORMENORES
Separação
António Amadeu, porteiro, e Eloine Duarte separaram-se em 2018 após queixas de violência doméstica. Tomás foi passar o fim de semana passado com o pai. Estiveram numa festa da paróquia.
Não entregou
O homem deveria ter entregado o menino à mãe até às 19h00 de domingo. Como isso não aconteceu ela deu o alerta à polícia e o corpo de Tomás foi encontrado na madrugada de segunda, na barragem.
Pombal
A família materna de Tomás é natural da aldeia de Bonitos, no concelho de Pombal, onde a comunidade ficou "muito abalada" com a morte do menino de 4 anos. Amadeu era visita na localidade.
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