Portugueses presos por tráfico de droga na Indonésia levavam cocaína em frascos de champô
Rui Viana confessou ter recebido seis mil euros para fazer o transporte.
Rui Viana, um dos dois portugueses detidos na Indonésia por tráfico de cocaína, teria a cocaína em estado líquido dissimulada no interior de frascos de champô e confessou ter recebido seis mil euros pelo transporte (dinheiro que estava com ele e foi apreendido), divulgaram no domingo as autoridades daquele país asiático.
O filho do ex-futebolista Rui Óscar (representou FC Porto, Marítimo e Boavista) é apontado como sendo o ‘correio de droga’.
Já o segundo português detido, identificado pelas iniciais FMGS, seria o destinatário e foi apanhado em Bali.
De acordo com a imprensa local, que cita as autoridades, a dupla está indiciada por um articulado legal que prevê pelo crime de tráfico de droga uma pena mínima de cinco anos e um máximo de 20 anos de prisão, livrando-se assim de uma possível condenação à pena perpétua ou, mesmo, à pena de morte.
Os avanços à investigação foram anunciados por Kombes Hengki, diretor de Investigação de Drogas da Polícia de Metro Jaya.
Descreveu que os frascos teriam até 2,5 litros de cocaína líquida: um frasco o título Continente contendo 977 ml, 1.005,4 gramas; um frasco com o título Protex 09,3 ml ou 729,7 gramas de cocaína líquida; e um frasco de Tresemmé 912,4 ml ou 938,7 gramas.
As detenções, anunciadas no dia 17, foram realizadas após a alfândega do Aeroporto Soekarno-Hatta ter desconfiado de Rui Viana, que viajou desde Portugal (via Dubai).
"A esse suspeito damos a função de estafeta", disse. Com Rui Viana detido, apurou-se que seguiria para Bali e era lá esperado por FMGS, que também foi detido.
Os dois portugueses foram mostrados esta segunda-feira à comunicação social, em conferência de imprensa. Já receberam duas visitas do consulado de Portugal em Jacarta.
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