Diretora de laboratório detida na Operação Gota D'Água fica em prisão domiciliária
Restantes 18 arguidos ficaram em liberdade.
Toniete da Cruz, diretora do Laboratório Regional de Trás-os-Montes, detida na operação Gota D’Água viu esta segunda-feira ser-lhe aplicada a medida de coação de obrigação de permanência na habitação, com pulseira eletrónica.
O Ministério Público tinha pedido a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva. O procurador entendia que esta arguida tinha um papel determinante no esquema. Que era o elo de ligação entre as entidades gestoras ( Câmaras e outras entidades) e os funcionários do laboratório.
Os restantes 18 arguidos ficaram em liberdade com a aplicação de medidas que vão desde a proibição de contactos, suspensão das funções e de proibição de frequentar instalações ligadas ao controlo da qualidade de água para consumo e de águas residuais, além do habitual termo de identidade e residência.
O vereador da Câmara de Vila Flor, Luís Policarpo, mantém-se em funções, mas está proibido de contactar com funcionários da área das águas desta autarquia.
A leitura do despacho que determinou as medidas de coação decorreu no Tribunal de Instrução Criminal do Porto. O juiz Pedro Miguel Vieira salientou a gravidade dos factos que ocorriam em todo o país.
O CM sabe ainda que o crime de falsificação de documentos caiu.
Em causa neste processo estava um esquema fraudulento do laboratório responsável pela colheita e análise de águas destinadas a consumo humano. Os resultados eram falsificados para reduzir custos. A investigação centrou-se em Mirandela, Vila Flor, Bragança, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé e Resende.
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