Prisão preventiva para o homem que sequestrou a ex-mulher em Gaia
GNR apreendeu a viatura do arguido, dez mil euros e uma arma de fogo.
O suspeito de ter sequestrado a ex-companheira, esta terça-feira, num motel, em Pedroso, Gaia, viu ser decretada, esta quarta-feira, a medida de coação de prisão preventiva por um juiz de instrução criminal do tribunal do Porto, depois de ser ouvido em primeiro interrogatório judicial. O empresário, das Caldas de S. Jorge, ficou indiciado dos crimes de rapto, Coação sexual, Ofensas à integridade física qualificado, dano, Violência Doméstica, Violação de domicílio ou perturbação da vida privada e detenção de arma proibida.
Na sequência da detenção, a GNR apreendeu a viatura do arguido, dez mil euros e uma arma de fogo. A pistola, que estava desarmada, e o dinheiro, estavam no interior do carro.
Segundo o arguido, o dinheiro iria ser usado para pagamento de salários. O empresário é gerente de dois restaurantes, um café e três solários. No total, as seis empresas empregam 37 trabalhadores.
O arguido foi conduzido, pela polícia judiciária do Porto, para o estabelecimento prisional de Custóias onde irá, também, cumprir um período de quarentena por causa da pandemia.
Ao que tudo indica, o casal estava separado há cerca de um mês, o detido não aceitou o fim do casamento, nem a nova relação da mulher. Foi por isso que o suspeito, ajudado por dois cúmplices, entrou na casa da vítima, em Macieira de Sarnes, Oliveira de Azeméis. Além de ameaçar a mulher, e o atual companheiro, o trio destruiu o recheio da casa. O suspeito, que é empresário nas Caldas de S. Jorge, obrigou a mulher a entrar num carro e escapou em direção a Gaia. A viatura foi localizada na EN1, na zona da Feira, e seguida pela GNR de Lamas e da Feira, com descrição, para não colocar a vida da vítima em risco, até ao Silk Motel, em Gaia. Foi nessa altura que a GNR concretizou o resgate da vítima.
A operação de localização, resgate da mulher e detenção do suspeito integrou, além da GNR da Feira e de Lamas, os postos dos Carvalhos, Arcozelo, Lever e Canelas, Cesar, Vale de Cambra, Canedo, Cucujães, Fânzeres e Lourosa.
A autoridade procura, ainda, localizar o paradeiro dos dois cúmplices.
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