Procurador Orlando Figueira volta a atacar Proença de Carvalho
Magistrado volta a ser ouvido, para dizer que não havia contrato fictício com Banco Privado Atlântico.
Não é a primeira vez, mas deverá ser a última, porque Orlando Figueira já não deverá voltar a depor. Na reabertura da audiência de julgamento do processo Fizz - que já teve sentença marcada - Orlando Figueira voltou a chamar "mentirosos" a Proença de Carvalho e Carlos Silva.
"Estou aqui por causa das mentiras deles. Eu queria pagar, eu sou um homem de boas contas, de palavra. Sou diferente", disse o procurador em tribunal.
Está em causa uma dívida de 130 mil euros, ao Banco Privado Atlântico, que o Ministério Público diz ter sido um empréstimo fictício. Não foi pago e o banco ficou sem a quantia, mas o magistrado garante que tinha dinheiro para liquidar a dívida. "Antes de me apreenderem o que tinha nas contas", explica.
Orlando Figueira disse depois que Proença de Carvalho e Carlos Silva lhe devem 205 mil euros. E que sempre esperou que aqueles pagassem, para depois liquidar a dívida ao BPA.
"Foram eles que me destruíram a vida. Queria receber para pagar, nunca pensei, desculpem a expressão, que fosse pagar o Abreu", ironizou o magistrado que responde por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
Recorde-se que o Ministério Público também tinha requerido que fossem extraídas certidões contra os alvos dos ataques de Orlando Figueira, mas até ao momento não foi aberta qualquer investigação autónoma.
O magistrado continua a assegurar que o contrato que fez para trabalhar em Angola tinha o banqueiro como interlocutor.
PORMENORES
Alegações
Ministério Público e advogados do caso Fizz vão novamente alegar no dia 30, após o arguido Orlando Figueira e testemunhas por si arroladas deporem novamente no processo.
Segredo
Dois advogados arrolados por Orlando Figueira recusaram depor por considerarem que estão cobertos pelo segredo profissional. O que souberam foi na qualidade de advogados.
Recusadas
Orlando Figueira pediu que muitas testemunhas, entre elas Carlos Alexandre, fossem novamente ouvidos pelo tribunal. O juiz presidente recusou repetir as inquirições.
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