Proprietários atrasam parque das Sete Fontes em Braga
Câmara quer pagar 10 euros por metro quadrado, mas os proprietários pedem 80 euros.
A maioria dos oito proprietários dos 12,4 hectares de terreno que a Câmara de Braga pretende adquirir para criar o geoparque das Sete Fontes já entregou no Tribunal Administrativo e Fiscal uma ação de contestação à revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), tentando impedir a diminuição da capacidade construtiva e a consequente desvalorização das nove parcelas em causa.
Os proprietários tencionam ainda recusar a oferta da autarquia, podendo dessa forma atrasar o processo de criação do anunciado parque em torno do antigo sistema de abastecimento de água à cidade, edificado em meados do século XVIII.
"O valor que oferecem é ridículo", disse, ao CM, Ermelando Sequeira, um dos proprietários, referindo que "a câmara não pode querer fazer um parque público à custa dos proprietários".
A edilidade pretende gastar cerca de 1,2 milhões de euros na aquisição dos terrenos, pagando 10 euros por metro quadrado. Os proprietários - entre os quais se contam empresários do ramo imobiliário e até uma ordem de freiras - prometem recusar a proposta, alegando que o valor real dos terrenos ronda os 80 euros por metro quadrado.
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, disse ao Correio da Manhã que "o valor proposto é o justo, uma vez de advém de uma avaliação independente e que teve em conta a realidade do mercado".
"Se, por ventura, os proprietários não aceitarem os valores propostos, então a câmara avançará para um processo de expropriação. O parque das Sete Fontes é um objetivo que o município tudo fará para concretizar", afirmou o autarca.
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