Saiba o que exigem os motoristas de matérias perigosas
Reconhecimento da profissão e melhores salários entre os motivos da greve.
Os motoristas de matérias perigosas juntaram-se, a partir da meia-noite desta segunda-feira, e paralisaram os transportes pela terra e pelo ar. Em Lisboa e Faro, os aeroportos já têm o abastecimento de combustível cortado, com um voo da TAP a ser mesmo cancelado. Nas bombas de gasolina por todo o país, a gasolina e o gasóleo também já começam a faltar. Mas o que reclamam os trabalhadores e qual o seu objetivo com esta greve?
Em Portugal são mais de 800 os camionistas especializados em transportar matérias perigosas como materiais explosivos ou inflamáveis, como combustíveis, químicos, radioativos e até mesmo oxigénio. Para habilitação, os condutores necessitam de uma certificação ADR, que é emitida pelo IMT e tem uma validade máxima de cinco anos.
Deste número de motoristas, cerca de 600 estão afiliados ao Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), criado em 2018 através da conversão com a Associação Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, que surgiu no ano anterior.
Com uma adesão a rondar os 100%, motoristas especializados tentam barricar o acesso de camiões-cisterna ao Centro Logístico de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima. Exigem o reconhecimento da profissão, "salários mais dignos" e acusam o Governo de não querer chegar a um ponto comum entre as duas partes.
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