Rejeitou relação gay e foi morto à pancada
Ministério Público pede condenação para casal, nunca inferior a 16 anos de prisão.
A procuradora do Ministério Público do Tribunal de S. João Novo, no Porto, está convicta que um casal gay brasileiro matou Carlos Brandão, de 45 anos, por este não estar interessado numa relação.
A magistrada garantiu nas alegações finais que Flávio Magalhães, 26 anos, se sentiu "humilhado e rejeitado" por o plano de engate não estar a correr como planeado - após ter conhecido a vítima no Tinder com o objetivo de lhe sacar dinheiro -, e resolveu tirar-lhe a vida, com a ajuda do marido, Allan Rizzi, de 39, em maio de 2016.
A vítima foi assassinada à pancada com uma chave-inglesa, em casa, e deixada na cama, com uma camisa na boca e uma almofada no rosto. A procuradora pede uma pena nunca inferior a 16 anos de prisão.
"Quem tomou a iniciativa de matar a vítima foi o arguido Flávio. O Allan só concluiu e executou o homicídio. Atuaram com uma frieza extraordinária.Mataram uma pessoa bondosa, que não lhes tinha feito mal nenhum, por um motivo completamente fútil. Por não a conseguirem manipular. O plano dos arguidos estava a ser um falhanço e o Flávio pensou: 'Espera lá que já vais ver como elas são'", disse a magistrada.
Em tribunal, Flávio, que está em preventiva, disse que não testemunhou o crime, mas assumiu que engatava homens nas redes sociais e lhes extorquia dinheiro. "Estou certa que o Flávio não hesita e encara com facilidade a violência", frisou a magistrada.
Allan Rizzi está em liberdade, no Brasil.
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