Relação mantém condenação de padre Luís Miguel Costa por crimes sexuais

O Tribunal da Relação de Coimbra confirma a condenação do padre Luís Miguel Costa a um ano e onze meses de prisão pelos crimes de coação sexual agravado na forma tentada e aliciamento de menores para fins sexuais. A pena é suspensa no período de três anos.

O Tribunal Superior decidiu "negar provimento ao recurso interposto pelo arguido, mantendo-se na íntegra a decisão recorrida”, lê-se no acórdão que o Correio da Manhã teve acesso.

A defesa do antigo sacerdote de São João de Lourosa, em Viseu, está a "analisar a decisão".

Luís Miguel Costa está ainda obrigado a frequentar um programa de reabilitação para agressores sexuais de crianças e jovens e a avaliação psicológica e psiquiátrica. Está ainda proibido de exercer profissão, emprego, funções ou atividades públicas ou privadas cujo exercício envolva contacto regular com menores, por um período de dez anos, e tem de pagar à vítima uma indemnização de 10 mil euros.

Os abusos sexuais aconteceram em março de 2021, numa adega, durante um almoço-convívio. O padre começou por elogiar as mãos do rapaz de 14 anos. Depois, junto à casa de banho, e longe dos olhares dos adultos, puxou-o e tentou beijá-lo à força.

Nas horas seguintes enviou-lhe várias mensagens de teor sexual.

O caso deixou marcas na vítima que continua a ter apoio psicológico.