Relação reduz pena a homem que tentou matar GNR

Militar foi atingido com um disparo no peito e salvou-se graças a colete balístico.

17 de dezembro de 2017 às 08:51
2017-12-17_00_38.54 11951720.JPG Foto: Edgar Martins
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Fortemente armados, militares do Destacamento de Intervenção e do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Castelo Branco arrombaram a pontapé a porta de uma casa improvisada em Canhoso, Covilhã, a 20 de maio de 2016, para capturar um homem evadido há 14 anos. No interior estava António Afonso, de 60 anos, tio do foragido - que perante a invasão da casa pegou numa caçadeira e disparou a dois metros de um militar. Valeu a este ter um colete à prova de bala, onde ficaram cravados 203 fragmentos de chumbos.

O atirador, vendedor ambulante, foi condenado em maio passado: sete anos e meio de prisão por homicídio qualificado na forma tentada e ano e meio por posse de arma proibida, que resultou na pena única de oito anos. Recorreu da decisão e viu agora o Tribunal da Relação de Coimbra reduzir-lhe a pena para seis anos e meio.

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Em tribunal, os militares disseram ter gritado "GNR" no momento em que invadiram o local, mas o atirador defendeu-se, dizendo que não sabia que eram militares e que não tinha visto as vestes com as iniciais da força de segurança. Argumentou que eram 7 da manhã, tinha acabado de acordar e que a casa estava escura. Pensava serem elementos de uma família rival, que tinham feito ameaças dias antes por estarem desavindos com o sobrinho foragido, de 47 anos.

Este estava noutra casa improvisada, nas traseiras daquela onde o militar foi atingido no peito por um tiro de caçadeira. O atirador disse em tribunal que a arma era do pai já falecido.

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