Sócrates: Relação quer novas provas

O Tribunal da Relação de Lisboa quer saber se há factos novos no processo ‘Marquês’. Pediu ao Ministério Público, naquele tribunal, para juntar os dados relativos à reavaliação dos pressupostos da prisão preventiva de José Sócrates e perguntou se a investigação apurou mais dados face a novembro, quando o ex-primeiro-ministro foi detido.

Os juízes desembargadores falam numa "inutilidade superveniente", o que significa que querem evitar que a decisão da Relação se torne nula por haver um novo despacho de prisão preventiva.

Entretanto, também o advogado João Araújo pediu ao juiz de instrução prazo para se pronunciar sobre a revalidação da prisão preventiva de José Sócrates. Carlos Alexandre deu-lhe dez dias para analisar as novas provas reunidas pela acusação, remetendo, então, para essa altura nova decisão sobre a medida de coação.

João Perna e Santos Silva estão em situações diferentes. O ex-motorista de José Sócrates aceitou, naturalmente, a alteração da medida de coação – deixou de estar em prisão domiciliária. Santos Silva também não levantou qualquer incidente sobre as provas apresentadas que determinaram a manutenção da prisão preventiva.

A decisão da Relação de Lisboa, onde se encontram pendentes recursos de todos os arguidos, só deverá ser conhecida em meados do mês de março. Santos Silva e Sócrates continuam a apostar tudo naquele tribunal superior, ao qual pedem para serem libertados imediatamente.