Revolta de reclusos com roubos e fogo na cadeia de Lisboa

A cadeia de Lisboa, a maior do País, com cerca de mil reclusos, está literalmente a ferro e fogo, com os presos revoltados devido à greve dos guardas prisionais - que impossibilita as visitas e receção de comida e roupa lavada.

Na manhã desta quinta-feira, na ala E, com 210 presos, foi partida a porta do bar e roubado o tabaco, entre outros bens e artigos. Na mesma ala, quatro reclusos sofreram agressões de outros. Supõe-se que os agredidos tenham sido os que assaltaram o bar.

Já na ala F, os reclusos tentaram esta quinta-feira ao jantar um 'levantamento de rancho' (falta à refeição). Como alguns não aceitaram o protesto, acabaram todos por jantar.

Na mesma ala F, após o fecho das celas, um dos reclusos incendiou o colchão. Devido ao fumo, todas as celas nos pisos baixos dessa ala tiveram de ser abertas e os reclusos colocados no piso superior até o fumo sair do espaço e poderem regressar as respetivas celas. Alguns reclusos tiveram de receber tratamento com oxigénio na enfermaria, por já estarem com dificuldades respiratórias.

Os guardas estão em greve desde quarta-feira.