Sandro e Márcia: as versões contraditórias do pai e da madrasta sobre a morte de Valentina

Suspeitos ficaram em prisão preventiva por suspeitas da morte da criança.

13 de maio de 2020 às 15:14
Valentina com o pai, Sandro Foto: Direitos Reservados
Sandro, de 32 anos, e Márcia, de 38, foram detidos no domingo depois de o homem ter levado a PJ ao local onde deixou o corpo Foto: Direitos Reservados

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Choraram ambos no tribunal. Primeiro Márcia, depois Sandro - entraram separados, pelas 10 horas, e nunca puderam manter contactos. Um não sabia o que o outro dizia e o resultado foi claro: das versões distintas e contraditórias. 

Sandro, pai de Valentina, confessou esta quarta-feira que espancou violentamente a filha no passado dia 1 de Maio, cinco dias antes da morte da criança, em Peniche.

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Segundo as declarações do arguido, a menina não queria contar se estava a ser vítima de abusos sexuais. Sandro admitiu que "deu uma sova muito grande" à criança. 

O relatório da autópsia confirma que a menina apresentava lesões anteriores ao dia da sua morte, 6 de maio.

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O homem disse que estava a exigir à filha que lhe contasse a verdade sobre boatos de ela ser vítima de abusos sexuais, assunto que tinha motivado o espancamento uns dias antes. Conta que Valentina tomava banho e foi nessa altura que a pressionou e tentou forçar uma confissão. Mas, ainda na versão dele, ela teve um ataque e convulsões. E morreu.

Não conseguiu explicar as lesões da autópsia que revelam que Valentina foi espancada. Que tinha uma lesão na cabeça e que a morte, treze horas depois da agressão, se deveu aos ferimentos na cabeça.

Márcia, a madrasta, disse inicialmente que nem estava no WC, e não assumiu que ajudou a esconder o corpo.

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Em frente ao juiz, Márcia contou agora que afinal assistiu a tudo. Ouviu os gritos de Valentina, percebeu que ela estava gravemente ferida. Nada fez, assumiu, não chamou a polícia nem apoio médico. Mas foi obrigada, foi Sandro quem lhe bateu para que se calasse. E que até a forçou a vestir a menina com o pijama e o casaco e depois a acompanhá-lo a esconder o corpo no descampado.

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