Sentença do 'caso Cardinal' vai ser conhecida a 22 de abril

O antigo vice-presidente do Sporting é acusado de vários crimes.

25 de janeiro de 2016 às 15:32
Paulo Pereira Cristóvão Foto: Pedro Simões
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A leitura da sentença do 'caso Cardinal', que envolve Paulo Pereira Cristóvão, foi esta segunda-feira agendada para 22 de abril, depois de nas alegações finais o advogado do antigo vice-presidente do Sporting pedir a absolvição de todos os crimes.

No âmbito do processo, o antigo vice-presidente do Sporting é acusado de um crime de burla qualificada, outro de branqueamento de capitais, dois de peculato, mais um de devassa por meio informático, um de acesso ilegítimo e, por fim, um de denúncia caluniosa agravada.

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Na parte do processo que dá nome ao caso e que se relaciona com um depósito de 2.000 euros na conta do árbitro assistente José Cardinal, para posteriormente o acusar de suborno, o advogado Paulo Farinha Alves entende que o seu cliente deve ser ilibado.

De acordo com a acusação, Paulo Pereira Cristóvão terá pedido ao seu colaborador Rui Martins para ir ao Funchal efetuar um depósito de 2.000 euros na conta de Cardinal, para posteriormente o acusar de ter sido subornado antes de um jogo entre o Sporting e o Marítimo.

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Hoje, nas alegações finais, Paulo Farinha Alves considerou que Rui Martins -- que passou de arguido a testemunha-chave do processo -- "teve preparação para apresentar determinada tese para implicar Paulo Pereira Cristóvão".

No que se refere à existência de uma lista com dados pessoais de árbitros, o advogado defende que o arguido "não criou, não manteve, nem atualizou a lista" que existia no Sporting.

Paulo Farinha Alves considerou também que o seu cliente não deve ser condenado ao pagamento das indeminizações cíveis reclamadas por 33 árbitros, que se sentiram intimidados com a divulgação da referida lista.

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Sobre a vigilância a jogadores do Sporting e à existência de uma lista com dados dos futebolistas e das suas famílias, o advogado referiu que "nunca existiu espionagem" e lembrou que os atletas "aceitam submeter-se a regras cujo âmbito vai além do estádio".

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