Serviços prisionais desmentem tentativa de homicídio de guarda da cadeia do Linhó
Fonte oficial descreve situação como "tentativa de autoagressão do recluso". Sindicato mantém que guarda sofreu tentativa de homicídio.
Os Serviços Prisionais desmentem que tenha ocorrido uma tentativa de homicídio a um guarda da cadeia do Linhó por parte de um recluso, conforme noticiou o CM na quarta-feira. Ao invés, avança fonte oficial deste organismo, "aconteceu uma tentativa de autoagressão do recluso".
Em comunicado, os Serviços Prisionais explicam que os factos remontam a 10 de setembro, quando se procedia à entrega de pertences a um recluso. "O mesmo encontrava-se agitado, e com um espeto metálico na mão, direcionado ao seu pescoço", refere o comunicado. Os guardas tentaram demovê-lo, mas o preso recuou, com o espeto encostado ao pescoço. Para resolver a situação, os guardas foram obrigados a usar meios coercivos, tendo o recluso dito "se não for a mim é um de vocês". Um dos guardas ficou então com ferimentos ligeiros nas mãos, e o recluso queixou-se de dores lombares e no braço esquerdo. O primeiro foi a hospital e o segundo atendido na enfermaria da cadeia.
O Sindicato Nacional da Guarda Prisional mantém a afirmação de que houve uma tentativa de homicídio, ocorrida quando os guardas tentavam tirar o recluso da cela. "Vamos constituir-nos assistentes na queixa-crime do guarda contra o agressor", disse Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional.
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