Sindicato da PSP critica ministro com imagens de agressões a idosos fora de Portugal
"Por favor, Sr. Ministro do MAI e todos os demais....indignem-se", escreve o SVCP, que usa imagens que nada têm a ver com o caso do Porto.
O Sindicato Vertical de Carreiras da Polícia reagiu às notícias da indignação do ministro da Administração Interna com uma publicação no Facebook dirigida "a todos" os que se indignaram com a divulgação das fotografias dos fugitivos.
Este sindicato republicou uma montagem que anda a circular na Internet com três idosos com marcas de agressões ao lado de Eduardo Cabrita com referência ao facto de o ministro ter afirmado que a divulgação das fotos dos três homens que fugiram do tribunal do Porto era "absolutamente inaceitável". A acompanhar a montagem, lê-se: "Por favor, Sr. Ministro do MAI, senhores da Amnistia Internacional, Sr.ª Câncio e todos os demais....indignem-se".
No entanto, as fotografias partilhadas pelo sindicato não têm nada a ver com as vítimas dos assaltos do gangue de Gondomar. Na verdade, nem sequer são casos ocorridos em Portugal.
A primeira foto diz respeito a Dovladi Carvalho, agredido em 2013 no Brasil. A segunda é referente a outro caso no Brasil, a agressão a John Charles Junyent, que aconteceu em 2015 no Rio de Janeiro. a terceira foto mostrada pelo sindicato é a de Catherine Smith, que foi brutalmente atacada em Londres, em 2017.
Na manhã deste sábado, a mesma página de Facebook do Sindicato já tinha publicado um comunicado a falar da polémica indicando que este era um "não caso".
O SVCP manifestou-se contra "todos os que alimentam a 'campanha' contra a PSP e os seus profissionais, perfilaram-se, como lobos famintos numa alcateia para se 'banquetearem com os despojos'". "Para trás e esquecidos ficaram 8 meses de trabalho árduo, no qual os agentes envolvidos se entregaram de alma, coração e corpo. Deixaram para trás família e amigos, abnegadamente com o único escopo de devolver tranquilidade e sossego às vítimas e à população", escreveram. O Sindicato toma ainda a posição de divulgar outra vez as imagens da detenção dos três cadastradados no momento em que foram detidos "
O Sindicato contesta até que a foto tenha sido partilhada por agentes poílcias: "Partiram da certeza que aquelas fotos (da detenção) foram tiradas/recolhidas e partilhadas por POLICIAS e nem tiveram a menor dúvida ou sequer questionaram se foi um popular, pois a detenção foi efetuada num local público".
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