Sindicato dos Polícias critica medida do Governo "inédita" e que "nada vai resolver" no Aeroporto de Lisboa
SPP/PSP afirma que os atrasos no aeroporto devem-se ao novo sistema de controlo de passageiros, "mais demorado".
O Sindicato dos Polícias Portugueses (SPP/PSP) critica a medida do Governo de reforçar o Aeroporto de Lisboa com militares da GNR, considerando-a "inédita" e afirmando que "nada vai resolver". Os polícias culpam o Governo pelos atrasos no Aeroporto de Lisboa, lamentando a "falta de capacidade para resolver os problemas que afetam" a profissão, num comunicado emitido esta quarta-feira.
O SPP/PSP afirma que os atrasos no aeroporto devem-se ao novo sistema de controlo de passageiros, "mais demorado", porque "não existem 'boxes' suficientes".
Segundo o comunicado, a PSP assumiu muitas das responsabilidades que competiam anteriormente ao SEF, no entanto "o atual Governo não acautelou a formação de Polícias adicionais, para colmatar as necessidades deste serviço".
O sindicato explicou que, devido à falta de formação, os polícias estão a ser retirados das Esquadras para reforçar o aeroporto, "agravando as carências já existentes".
O Governo anunciou, na quarta-feira, que iria reforçar a PSP no aeroporto com militares da GNR. O SPP/PSP considera que a medida confirma o "desnorte que este Governo tem revelado" e descreve a medida como "inédito" que "nada vai resolver". O sindicato garante ainda que a função é uma "competência legalmente exclusiva da PSP".
O sindicato critica o Governo por não juntar a PSP e a GNR numa só Polícia Nacional, mantendo uma sistema que duplica "gastos, meios humanos e materiais, infraestruturas e investimentos".
No comunicado, foram feitas ainda críticas à falta de ação quanto à idade da pré-aposentação dos polícias da PSP. "Se a GNR pode reforçar os aeroportos, também devia poder colmatar as legais pré-aposentações dos Polícias da PSP, mas isso não acontece porque o Governo prefere continuar a explorar os Polícias", lê-se na nota.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt