Sindicatos dos guardas prisionais aponta para adesão à greve de 100% em Alcoentre
Além das visitas semanais e da entrega de sacos de roupa aos presos, os serviços mínimos desta greve incluem ainda a "cantina semanal".
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) avançou que a greve na cadeia de Alcoentre, que começou este sábado e se prolonga até ao dia 5 de outubro, está a ter uma adesão de 100%.
À Lusa, o presidente do SNCGP, Frederico Morais, adiantou que "a greve está a decorrer com normalidade", sendo esta uma paralisação que decorre com serviços mínimos determinados pelo colégio arbitral e que tem como objetivo reivindicar o pagamento das horas extraordinárias e a uniformização das escalas de serviços.
"A greve deverá rondar os 100% durante toda a semana", apontou ainda Frederico Morais, acrescentando que estão a trabalhar hoje na cadeia de Alcoentre 41 guardas distribuídos por quatro turnos, o que significa que existem cerca de 10 trabalhadores por turno.
De acordo com a decisão do colégio arbitral, a que a Lusa teve acesso, além das visitas semanais e da entrega de sacos de roupa aos presos, os serviços mínimos desta greve incluem ainda a "cantina semanal", direito à compra de alimentos, e a frequência de atividades letivas e de formação.
Fora dos serviços mínimos fica o trabalho de vindima que é feito nesta cadeia e que é responsável pela produção de vinhos vendidos comercialmente e distinguidos com prémios. Além disso, explicou ainda Frederico Morais, durante a greve que começou às 00:00 de hoje, os guardas prisionais não vão cumprir o trabalho suplementar do turno que termina às 16H00 e que habitualmente é prolongado até às 19:00.
Os serviços mínimos decretados para esta greve contrastam com os contornos de outras paralisações que aconteceram noutros estabelecimentos prisionais, em que não foram asseguradas as visitas semanais aos presos e a entrega de sacos de roupa.
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