Socialistas de Faro apelam a boicote ao banco CTT

Concelhia do PS diz que os principais serviços dos correios estão a ser afetados.

04 de janeiro de 2019 às 09:44
Socialistas distribuíram panfletos aos utentes que se dirigiram ontem aos serviços dos CTT no largo do Carmo Foto: André Cravinho
Socialistas distribuíram panfletos aos utentes que se dirigiram ontem aos serviços dos CTT no largo do Carmo Foto: André Cravinho
Socialistas distribuíram panfletos aos utentes que se dirigiram ontem aos serviços dos CTT no largo do Carmo Foto: André Cravinho

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O PS Faro organizou esta quinta-feira um protesto no largo do Carmo, na capital algarvia, para apelar ao boicote ao serviço bancário dos CTT, que acredita que está a retirar recursos ao que deveriam ser os serviços principais dos correios - como o atendimento aos utentes - e que tem levado ao encerramento de postos não só no concelho, como também em todo o território nacional.

"Fecham os balcões postais para obrigar a que haja filas onde têm o banco para conseguirem arranjar clientes bancários. Ou seja, o banco CTT é viabilizado à custa das pessoas que estão à espera de serviço postal", lamentou ao CM Paulo Neves, do PS Faro, que entregou panfletos a alertar para o problema aos utentes que estiveram esta quinta-feira a usar os serviços dos CTT no largo do Carmo.

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Outra preocupação dos socialistas é o encerramento de postos do concelho, nomeadamente em Santa Bárbara de Nexe e em Estoi, que obriga a alternativas caricatas e sem a mesma qualidade: "Há serviços dos CTT que estão a ser feitos em mercearias e juntas de freguesia. Por exemplo, toda a gente na mercearia sabe a quem pago, se sou intimado, ou que cartas envio e a quem... Nestas situações está em causa a privacidade das pessoas, um valor consagrado na Constituição da República Portuguesa", denuncia ainda Paulo Neves.

"Num período civilizado em que estamos eu não consigo conceber que se fechem este tipo de serviços. É inadmissível. Estamos pior do que no tempo do Salazar", disse ao CM Constantino Pina, de 83 anos, um dos utentes dos CTT.

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Para Paulo Neves, "o Governo terá de intervir, eventualmente, para pôr ordem nos CTT".

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