Telefone nas celas trava telemóveis
Instalação de aparelhos nas camaratas pode combater o tráfico.
A Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) está a planear, para já numa fase experimental, a introdução de telefones fixos em celas e camaratas das cadeias.
A ideia é tentar travar o tráfico de minitelemóveis nas prisões, que ali são introduzidos com demasiada frequência.
Os Serviços Prisionais admitem ao CM que "o modelo legal de comunicações consentidas (uma chamada telefónica por dia durante 5 minutos), está desadequado".
Por isso, acrescenta a DGSP, "está a ser trabalhado um novo quadro legal que contempla um paradigma de comunicação com os familiares dos reclusos, em linha com outros países europeus".
É aqui que entra o exemplo de França onde, referem os Serviços Prisionais, "se procedeu à instalação maciça de telefones nas celas, com chamadas livres embora com números controlados".
A mesma fonte assegura que a experiência francesa "tem demonstrado uma alteração do comportamento dos reclusos, com a queda do tráfico de telemóveis".
Para já, a DGSP quer replicar este modelo em pelo menos duas cadeias, ainda por escolher, tentando assim quebrar a necessidade de os reclusos arranjarem minitelemóveis para comunicações clandestinas.
Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, disse ao Correio da Manhã que "concorda com este modelo, já que vai fomentar a aproximação dos reclusos com as famílias", mas acrescenta: "A entrada ilegal de smartphones não vai acabar".
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