Telefone nas celas trava telemóveis

Instalação de aparelhos nas camaratas pode combater o tráfico.

08 de maio de 2019 às 09:38
Serviços Prisionais Foto: Tiago Sousa Dias
prisão, grades, cela, mãos Foto: Getty Images
prisão, grades, recluso Foto: Tiago Sousa Dias

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A Direção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) está a planear, para já numa fase experimental, a introdução de telefones fixos em celas e camaratas das cadeias.

A ideia é tentar travar o tráfico de minitelemóveis nas prisões, que ali são introduzidos com demasiada frequência.

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Os Serviços Prisionais admitem ao CM que "o modelo legal de comunicações consentidas (uma chamada telefónica por dia durante 5 minutos), está desadequado".

Por isso, acrescenta a DGSP, "está a ser trabalhado um novo quadro legal que contempla um paradigma de comunicação com os familiares dos reclusos, em linha com outros países europeus".

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É aqui que entra o exemplo de França onde, referem os Serviços Prisionais, "se procedeu à instalação maciça de telefones nas celas, com chamadas livres embora com números controlados".

A mesma fonte assegura que a experiência francesa "tem demonstrado uma alteração do comportamento dos reclusos, com a queda do tráfico de telemóveis".

Para já, a DGSP quer replicar este modelo em pelo menos duas cadeias, ainda por escolher, tentando assim quebrar a necessidade de os reclusos arranjarem minitelemóveis para comunicações clandestinas.

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Jorge Alves, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, disse ao Correio da Manhã que "concorda com este modelo, já que vai fomentar a aproximação dos reclusos com as famílias", mas acrescenta: "A entrada ilegal de smartphones não vai acabar".

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