Pai de Rosa Grilo expulso da sessão após interromper julgamento
Em declarações ao CM, Américo Pina pediu desculpa à juiza pela atitude durante a sessão.
Rosa Grilo e António Joaquim regressaram esta terça-feira ao Tribunal de Loures para mais uma sessão - a oitava - do julgamento da morte do triatleta Luís Grilo. Esta tarde, o pai de Rosa Grilo, Américo Pina, foi expulso do julgamento pela juíza.
Durante a manhã, Lizete, prima de Rosa Grilo, foi uma das testemunhas ouvidas. A familiar referiu ter criado Rosa até aos 11 anos, sendo presença assídua em casa durante o dia.
A prima sublinhou que se afastou de Rosa porque "não concordava com o relacionamento dela" e "assistia a coisas com as quais não concordava", nomeadamente comportamentos do triatleta como o "consumo de droga e bebidas alcoólicas".
Outra prima de Rosa Grilo ouvida esta terça-feira relatou uma "situação violenta" entre o casal.
"Tinha havido uma situação em que foi violento com ela, à frente do menino, meteu-lhe a mão no pescoço", contou a prima, que afirmou que lhe ofereceu casa após este episódio de violência.
O médico legista que realizou a autópsia a Luís Grilo foi ouvido por videoconferência através do Tribunal de Portalegre, a pedido da defesa de Rosa Grilo.
Foi ouvido outro agente de seguros que disse que Rosa tinha conhecimento dos seguros e era ela quem fazia o pagamento.
Antes do almoço foram ainda ouvidos o empregado de cafe frequentado pelo casa grilo e um sapateiro que nada acrescentaram.
Uma das testemunhas dispensadas pelas duas defesas é mãe do António Joaquim.
Na pausa habitual para almoço, o advogado de António Joaquim, Ricardo Serrano Vieira, sublinhou que o depoimento do perito mostra contradições sobre aquilo que foi dito na sessão anterior pelos investigadores.
Esta sessão conta com a inquirição de testemunhas arroladas pela advogada de defesa de Rosa Grilo, Tânia Reis, que vão depor a favor da viúva e provar que a arma apresentada pelos peritos não corresponde à arma que matou Luís Grilo.
À entrada do tribunal esta manhã, o advogado de defesa de António Joaquim mostrou-se "confiante" na absolvição do arguido do crime do triatleta.
Também Tânia Reis, advogada de defesa de Rosa Grilo, continua convicta na absolvição, num dia em que serão ouvidos peritos, o antigo mediador de seguros e alguns familiares da viúva.
Recorde-se que na semana passada foram ouvidos os peritos da Polícia Judiciária que estiveram envolvidos na investigação.
Durante a audiência, o perito de balística, que analisou a arma alegadamente usada para assassinar Luís Grilo, conclui que a arma foi alvo de um ataque químico, possivelmente foi colocada em lixívia muito forte, danificando-a.
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