Thomas Cook: Falência sem impacto em turistas portugueses

Governo desconhece casos de portugueses que tenham viajado com a operadora e que precisem de apoio para regressar.

24 de setembro de 2019 às 09:00
Turistas vão ter de ser repatriados devido à falência da Thomas Cook. No Algarve, existem cerca de 500 nessa situação Foto: Reuters
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O Governo assegura que não há casos conhecidos de portugueses que tenham viajado com a operadora turística britânica Thomas Cook - que anunciou a falência na segunda-feira - e que precisem de apoio para regressar a casa. No entanto, cerca de 500 turistas estrangeiros que estão a passar férias no Algarve, e que foram apanhados de surpresa, vão começar a ser repatriados para os países de origem.

O CM apurou junto do Turismo do Algarve que os turistas que vieram para a região algarvia através de outras companhias aéreas - a Thomas Cook também vendia apenas pacotes de alojamento - não precisarão de apoio e vão regressar no dia previsto e à hora prevista.

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Mas os clientes que vieram nos aviões da Thomas Cook vão ter de regressar a casa, no espaço de oito dias, através de voos concertados entre o Governo inglês e a ATOL, a autoridade da aviação inglesa. No Algarve, existem cerca de 500 turistas, na esmagadora maioria do Reino Unido.

O Turismo do Algarve acredita ainda que os clientes da Thomas Cook - vinham 20 mil por ano - encontrem resposta noutras operadoras em 2020. Os hoteleiros algarvios ainda estão a fazer contas aos prejuízos, mas falam em milhões de euros.

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Entretanto, a falência da Thomas Cook está a causar revolta por causa dos salários e bónus milionários pagos aos responsáveis da operadora quando esta já tinha uma dívida astronómica. Os responsáveis executivos e financeiros receberam 47 milhões de libras desde 2007. Só Peter Fankhauser, o diretor executivo que anunciou a falência, recebeu mais de 8 milhões de libras desde 2014.

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