Tribunal expulsa pedófilo da GNR
Ex-comandante não queria ser expulso para não perder regalias.
Condenado por violar duas irmãs menores, o sargento-ajudante António Garrinhas, ex-comandante do posto da GNR de Abrantes, não queria ser expulso, para não perder benefícios, como o sistema de saúde da GNR. Recorreu da decisão da instituição para o Tribunal Central Administrativo Sul, que negou agora o recurso e confirmou a sentença.
O ex-comandante, que chegou a receber uma medalha por comportamento exemplar, alegou neste recurso que a decisão violava o direito de segurança no trabalho e que os crimes ocorreram quando não estava de serviço; queria que a pena disciplinar fosse substituída pela reforma compulsiva ou suspensão agravada. Para os juízes, ficou "demonstrado um acentuado grau de culpa do arguido, de que resultou prejuízo para a GNR".
Os factos remontam a 2000 e 2001, quando o militar tinha 53 anos e as meninas 13 e 14. Sob ameaça de pistola, o pedófilo violava as irmãs – uma delas engravidou e fez um aborto. Na 1ª instância, foi condenado a 14 anos e três meses; na Relação, a pena caiu para oito anos, e, no Supremo, para seis.
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