Tudo o que se sabe sobre as trafulhices dos supermercados

Governo garante não compactuar com aumentos absurdos.

09 de março de 2023 às 18:39
Supermercado, XXX
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O preço dos alimentos nos supermercados continua a atingir níveis muito elevados e superiores ao aumento dos custos de produção.

É o caso das frutas e legumes que, segundo a DECO PROTESTE, foram o grupo que mais subiu percentualmente, atingindo 34,16%. Entre 23 de fevereiro de 2022 e 1 de março de 2023, um saco de legumes e frutas encareceu 8,06 euros.

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Também a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) fez um balanço sobre o custo do cabaz de bens alimentares essenciais e verificou um aumento de cerca de 30%, mais 21,54 euros na fatura.

Apesar da taxa de inflação global estar em descida pelo seu quarto mês consecutivo, os custos alimentares registam valores 20% acima do que se encontravam há um ano atrás, antes do início da guerra na Ucrânia, segundo o INE.

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O ministro da economia assegurou esta quinta-feira os portugueses que o Governo não irá tolerar "situações anómalas" face aos preços dos alimentos. Foi traçado um plano de combate aos aumentos injustificados, intensificando as ações de fiscalização da ASAE sobre a fabricação dos preços que abrange produtores e a grande distribuição, em vigor esta manhã, numa operação que contou com 38 brigadas em campo pelo país.

Especulação de preços faz lucrar patrões

A ASAE tem sido interventiva no que diz respeito a este tema, já tendo sido instaurados processos e punições monetárias.

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Desde o inicio do ano, 51 processos-crime por especulação nos custos alimentares em supermercados e hipermercados, em fiscalizações a 960 operadorese 91 processos contraordenacionais, avançou o inspetor-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar.

Foram detetadas margens de lucro superiores a 50% na cebola, assim como os ovos, laranjas, cenouras e as febras de porco, com margens a partir de 40% e até 50%.

Esquema de afixação de preços na mira da ASAE

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4,2% dos estabelecimentos cobram um valor superior pelos produtos em caixa em relação aos preços afixados em prateleira. 

operadores do setor do retalho foram inspecionados entre janeiro e fevereiro de 2023 pela ASAE, evidenciando más práticas para com o consumidor.

Recorde-se que A Autoridade da Concorrência (AdC) já tinha multado em mais de 130 milhões de euros os supermercados Auchan, E. Leclerc, Modelo, Continente e Pingo Doce e o fornecedor comum Unilever, por um esquema de fixação de preços de venda ao consumidor, em Junho. 

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