Um dos 27 skinheads acusados por crimes racistas foi protagonista de polémica por ida à RTP

Nuno Cláudio Cerejeira, neo-nazi condenado a prisão no caso da morte de Alcino Monteiro, esteve no programa A Tarde é Nossa.

14 de junho de 2020 às 22:12
Nuno Claudio Cerejeira
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"Batam nesse preto! Não deixem esse preto fugir". Esta é uma das frases atribuídas a Nuno Cláudio Cerejeira na acusação do Ministério Público contra 27 arguidos por de crimes de discriminação racial, religiosa ou sexual, ofensa à integridade física, incitamento à violência, homicídio qualificado, roubo, tráfico de estupefacientes e de armas, num processo relacionado com os hammerskins. 

Segundo a imprensa nacional, Nuno Cláudio Cerejeira faz parte do grupo de acusados neste processo que foi condenado pelos acontecimentos que resultaram na morte de Alcindo Monteiro, a 10 de junho de 1995. Na altura, foi condenado a prisão efetiva por crimes de ofensas corporais praticados na noite em que cidadão natural de Cabo Verde morreu no Bairro Alto, em Lisboa. 

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Em novembro de 1999, Cerejeira foi protagonista de uma polémica que envolveu a RTP e o A Tarde é Nossa, ao participar no programa para falar sobre a sua experiência como pai de trigémeos - mesmo sendo um militante da causa neonazi e elemento dos Hammerskins em Portugal e proprietário do Club 38, restaurante onde muitas vezes se reúnem os membros do grupo. 

Na altura, o programa emitiu um comunicado onde explicava não ter conhecimento sobre os antecedentes criminais do sobrinho neto do cardeal Cerejeira - que se definia como "príncipe da Igreja" e era amigo próximo de Salazar - e garantindo que "nunca" o teria recebido caso essa informação fosse do conhecimento da coordenação.

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