Vaga de assaltos gera revolta no comércio em Braga
Mais de 30 estabelecimentos foram assaltados em apenas três dias.
"Sou comerciante no centro da cidade há mais de 30 anos e nunca vi uma coisa assim. Não há noite em que, pelo menos, meia dúzia de lojas não seja assaltada. E algumas mais do que uma vez na mesma noite." A voz da revolta é de José Manuel Paredes, dono da Central Perfumes, localizada em frente ao Jardim de Santa Bárbara e que ontem voltou a ser assaltada.
Desde a passada segunda-feira, só nas artérias que se cruzam entre a Rua D. Afonso Henriques e o Campo da Vinha, foram assaltadas mais de 30 lojas. A Valdemar foi visitada pelos ladrões duas vezes na mesma noite – os crimes foram registados pela videovigilância.
O método é simples. Rebentam as grades, partem os vidros, entram nos estabelecimentos e roubam o dinheiro que encontram na caixa registadora. Nalguns casos, também levam roupas caras ou perfumes. Da loja Marques Soares até levaram um manequim vestido.
"Desta vez, roubaram-me apenas os cerca de 60 euros que tinha na caixa, mas, no assalto de há meses, levaram-me mais de 15 mil euros em perfumes", disse José Manuel Paredes, referindo que "o que é urgente é um reforço do policiamento".
Os comerciantes das ruas dos Capelistas, Justino Cruz, Souto, Castelo, Eça de Queiroz e D. Afonso Henriques vão fazer um abaixo-assinado para entregar à câmara, ao comando da PSP e à Associação Comercial. A exigência é clara: reforço do policiamento no centro da cidade.
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