Vê carta de amor e mata a mulher
Rui Borges assassinou companheira com um machado.
Rui Borges assumiu os "vários golpes" de machado com que matou a mulher Tânia Silva, a 16 de julho de 2014, no bairro da Araucária, em Vila Real. Mas garantiu, ontem, ao tribunal da cidade, que amava a companheira, de 33 anos, e que não queria tirar-lhe a vida.
"Descobri uma carta de amor para outro homem e fiquei louco. Já quando estava com a Tânia em casa, ajoelhei-me a chorar e disse-lhe que ia mostrar a carta aos filhos dela. Ela veio para cima de mim com um machado. Tirei-lho e dei-lhe vários golpes", alegou Rui Borges, em lágrimas, no início do julgamento.
O arguido, de 44 anos, assegura que, depois, apenas se recorda de ver Tânia no chão, cheia de sangue. Negou ainda que a vítima tivesse sido alvo de maus-tratos durante os 14 anos de relacionamento, mas foi contrariado, também ontem, pela filha de Tânia Silva. "Ele era ciumento e discutiam muito. Vi o Rui a dar chapadas na minha mãe", contou Andreia, de 16 anos, que chorou ao recordar a mãe.
Rui está ainda acusado de ter agredido Andreia e o irmão, de 18 anos. Foi nessa altura que Tânia fugiu com os filhos e apresentou uma queixa. "Aí tivemos de viver em casas separadas. Para ficarmos juntos, a minha mãe voltou para o Rui", disse Andreia.
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