“Vi logo que era um explosivo”, afirma morador de Pedrógão

Um mês depois da tragédia, habitantes falam em "mão criminosa" no incêndio que matou 64 pessoas.

16 de julho de 2017 às 10:31
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Fogo, pedrógão grande, aldeias, estrada, floresta, incêndio, tragédia Foto: António Cotrim/Lusa
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Maioria da vítimas da tragédia de Pedrógão Grande perdeu a vida na malograda Estrada Nacional 236, apelidada agora como a estrada da morte Foto: Carlos Barroso
Casa ardida em Pedrógão Grande Foto: Paulo Novais
Bombeiros combatem as chamas em Pedrógão Grande Foto: Direitos Reservados
Bombeiros combatem as chamas em Pedrógão Grande Foto: Direitos Reservados
Bombeiros combatem as chamas em Pedrógão Grande Foto: Direitos Reservados
Bombeiros combatem as chamas em Pedrógão Grande Foto: Direitos Reservados

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Um objeto suspeito encontrado por um morador de Salaborda Nova, Pedrógão Grande, na zona consumida pelas chamas foi entregue à GNR pelo presidente da Junta de Vila Facaia. Vítor Fernandes, 39 anos, encontrou o engenho junto a uma estrada, a cerca de três quilómetros de Vila Facaia, uma semana após o incêndio que matou 64 pessoas e deixou mais de duas centenas feridas.

"No início pensei que fosse uma peça de um trator, mas quando me aproximei vi logo que era um explosivo e estavam três buracos no chão", conta Vítor Fernandes, que trabalha na Junta de Freguesia. Entregou o objeto ao colega, José Luís, que também não teve dúvidas: "Tem jeito de ser um explosivo. Era em metal e tinha o feitio de uma bomba de foguete, mas grande". O artefacto foi depois entregue à GNR por José Dinis, presidente da Junta de Vila Facaia. A população diz que foram encontrados outros objetos semelhantes, mas José Dinis garante ao CM que só viu aquele.

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A descoberta vem reforçar as suspeitas dos habitantes relativamente às causas do fogo de Pedrógão. Dália Fernandes, de Escalos Fundeiros, onde o fogo começou, não tem dúvidas de que "houve mão criminosa". Só assim entende que "passado pouco tempo do início do fogo aqui, já estivesse a arder numa zona oposta, a um quilómetro de distância".

José Luís partilha da mesma opinião e diz ter ouvido "coisas a rebentar pelos cabeços e lá no meio da mata não há botijas de gás". Acrescenta que o som "vinha do lado contrário à ‘estrada da morte’, por isso não eram os carros a explodir". João Viola, morador de Nodeirinho, também diz ter ouvido entre 15 a 20 explosões seguidas, "como se fosse um bombardeamento".

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