Governo responde a 25 perguntas sobre a tragédia em Pedrógão Grande.
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2017-07-06_16_37.48 pr4560-xiii-2-a.pdfA Estrada Nacional 236-1, onde morreram 47 pessoas no fogo de Pedrógão Grande, só foi cortada depois de se encontrarem os cadáveres das vítimas.
O governo divulgou esta quinta-feira as respostas às 25 às perguntas colocadas pelo CDS-PP sobre a tragédia de Pedrógão Grande. O documento enviado pelo gabinete do Primeiro Ministro ao secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares explica a atuação da GNR em relação ao corte da "estrada da morte".
"Segundo a GNR, até ao momento em que se verificaram as mortes, não foi comunicada
Assim, de acordo com a GNR, a decisão de cortar a estrada N236-1 foi tomada apenas
Assim, de acordo com a GNR, a decisão de cortar a estrada N236-1 foi tomada apenas após a localização das vítimas mortais, por volta das 22h15 horas de dia 17 de junho".
Antes, a GNR já tinha cortado o IC8 na zona. A força não sabe ainda esclarecer quantos condutores foram encaminhados para a EN 236-1.
"Segundo a GNR, importa confirmar se as viaturas que circulavam na EN236-1, no momento da tragédia, entraram na referida via provenientes do IC8 ou a partir de múltiplos caminhos e estradas de pequenas localidades existentes nas proximidades (Vila Facaia, Nodeirinho, Várzeas, Pobrais e Alagoa), tentando sair da zona afetada pelos incêndios".
Mais certo é o trágico balanço das vítimas nesta estrada. Foram 47 as pessoas que ali perderam a vida, 30 delas num pequeno troço. "De acordo com as informações fornecidas pela GNR, o número de vítimas na EN236-1
António Costa reafirma manter confiança na Ministra da Administração Interna
Entre as 21 respostas dadas aos centristas, o documento do Governo, que junta informações dos ministérios da Administração Interna, Defesa e Justiça. Às perguntas 23, 24 e 25, Costa responde com uma afirmação de confiança em Constança Urbano de Sousa: "O senhor Primeiro-Ministro reafirma manter a confiança política na senhora ministra da Administração Interna".
No documento, António Costa revela que soube da existência de mortes no incêndio pelas 22h03 de dia 17, através de um SMS do secretário de Estado Jorge Gomes. Estava em Portalegre e pôs a caminho da região devastada pelo incêndio, onde chegou pelas 00h15.
Estação móvel do SIRESP demorou mais de 12 horas a ficar operacional
As respostas do Governo revelam as falhas na rede de comunicação do SIRESP. No documentod dirigido aos deputados centristas, é dito que a região onde ocorreu o fogo é servida por 16 estações base do SIRESP, ligadas entre si por cabos de fibra óptica. Mas o fogo cortou essas ligações a cinco postos, que ficaram a funcionar em modo local. O que significa que apenas as forças previamente registadas nesses pontos puderam usar esse canal de comunicações. Meios exteriores à região que estiveram no incêndio ficara assim, privados de usar o SIRESP junto a estes pontos.
Uma destas bases foi a de Pedrógão Grande, uma das zonas onde o fogo ardeu com mais intensidade.
Foram deslocadas duas estações móveis para a zona do fogo, mas só a partir de dia 18 uma delas começou a funcionar, em Pedrógão Grande. A que foi colocada em Avelar só começou a operar na segunda-feira, dia 19. A fita do tempo revela a demora em colocar uma estação móvel operacional. Foram mais de 12 horas desde o pedido inicial. "A estação móvel foi solicitada à Entidade Gestora do SIRESP às 21h15H do dia 17, chegou ao TO às 06h26 e, após montagem e ligação ao comutador da rede SIRESP, entrou em funcionamento às 09h32 do dia 18).
Ainda assim, o Governo diz que as comunicações do SIRESP só falharam no máximo em 15% das chamadas realizadas. Foram usadas outras redes, como Rede Operacional de Bombeiros, a Rede Estratégica da Proteção Civil ou os telemóveis.
GNR só tem telemóveis como alternativa ao SIRESP
A força mais afetada pelas falhas no SIRESP terá sido a GNR. O documento diz que "para a GNR, o único meio alternativo de comunicação foi a rede móvel convencional, sendo que as comunicações com recurso a esta via também foram afetadas, de acordo com a informação fornecida por esta Força de Segurança".
Secretário de Estado teve confirmação das vítimas mortais às 23.30
Se António Costa diz ter recebido informação sobre a existência de mortes pelas 22h03, o documento revela que a confirmação das fatalidades pelo posto de comando só chegou uma hora e meia depois. "No posto de comando, a confirmação das primeiras 19 vítimas mortais foi comunicada ao Secretário de Estado da Administração Interna cerca das 23h30 horas (16 vítimas na Estrada EN236-1 e 3 vítimas por inalação de fumos)".
Mas a linha do tempo dos casos mortais ainda não está totalmente apurada: "A informação sobre a hora da morte de cada uma das vítimas mortais enquadra-se no âmbito do inquérito criminal em curso", lê-se no documento.
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