‘Vice’ de Mesquita Machado julgado por luvas
Caso dos TUB leva cinco arguidos a julgamento por corrupção.
Dois anos depois de ter sido acusado formalmente, Vítor Sousa, ex-vice de Mesquita Machado na Câmara de Braga, vai começar a ser julgado por corrupção passiva para ato ilícito e administração danosa no caso dos TUB - Transportes Urbanos de Braga.
No banco dos réus, no julgamento que se inicia no próximo dia 16, no Tribunal de Braga, sentam-se ainda Cândida Serapicos, que foi vogal da administração dos TUB, Luís Vale, antigo diretor técnico de compras nos TUB, o ex-diretor comercial da MAN, Luís Paradinha, e a própria filial nacional da MAN- Trucks & Bus Portugal.
O Ministério Público (MP) sustenta que, entre 2000 e 2008, os arguidos colocaram em prática um esquema concertado, com encomendas de autocarros e respetivos orçamentos combinados à medida, com vista a obterem avultadas vantagens patrimoniais.
Nas contas da investigação, que começou em 2015 na Polícia Judiciária de Braga e acabou com a detenção dos arguidos durante cinco dias para interrogatório judicial, Vítor Sousa terá recebido luvas no valor de 226 mil euros, entre outras contrapartidas documentadas, como cheques passados em nome do ex-número 2 de Mesquita Machado, e de Cândida Serapicos, destacada militante do PS.
Vítor Sousa, que perdeu as eleições autárquicas para o PSD, chegava a receber cinco mil euros por cada autocarro que os TUB compravam à MAN.
Os arguidos tiveram de pagar cauções para não ficarem presos e viram os bens arrestados.
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