Professora volta a ser julgada por matar o filho
Mulher asfixiou bebé na casa de banho da escola.
Condenada a 13 anos e meio de cadeia pela morte do filho recém-nascido em Vagos, a professora Paula Fernandes será novamente julgada. O Supremo Tribunal de Justiça ordenou a repetição do julgamento.Os juízes conselheiros querem perceber exatamente o que motivou o crime. Pedem, por isso, que seja realizada uma perícia psiquiátrica à arguida. O objetivo é perceber qual era o estado psíquico e emocional de Paula à data do crime, em maio de 2011.
"A personalidade da recorrente, que emerge da ‘normalidade’ da sua vida familiar e profissional e a ausência de motivos para o ato, com que as instâncias passivamente se conformaram, reclamam uma ulterior indagação no sentido do esclarecimento do estado psíquico e emocional da recorrente ao longo da gravidez", diz o acórdão.
Paula Fernandes, de 45 anos, foi condenada por matar o bebé na casa de banho da primária de Ponte de Vagos, onde dava aulas. A docente – que tinha já dois filhos menores – asfixiou o bebé e colocou-o no interior de sacos plásticos. Escondeu depois o cadáver na mala do carro.
Paula teve de ser internada devido a uma hemorragia. Foi a cunhada que, dois dias depois, descobriu o corpo do bebé. No julgamento, a docente, que continua a dar aulas, disse que o filho nasceu morto.
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