O número de pedidos para habitação social à Câmara Municipal de Leiria atinge o meio milhar, revelou o presidente da autarquia, Raul Castro, que manifestou preocupação pelo aumento daquele número e pela incapacidade de resposta do município.
"É uma situação que nos preocupa, uma vez que estamos com limitações de natureza financeira e, portanto, não é fácil dar resposta a isto", afirmou aos jornalistas o presidente do município, depois de, na noite de quinta-feira, ter sido interpelado na Assembleia Municipal sobre o projecto para a freguesia de Colmeias de transformar uma escola desactivada em habitação social.
O autarca, independente eleito pelo PS, explicou que, além deste projecto, há outros para o concelho, mas, actualmente, a autarquia está a "avaliar tudo".
"O momento é extremamente delicado, as dificuldades financeiras são tremendas, as coisas estão muito mais complicadas do que aquilo que as pessoas pensam", declarou, referindo a necessidade de "alguma cautela" para concretizar investimentos.
Raul Castro adiantou que os pedidos para habitação social, que têm aumentado, chegam aos Paços do Concelho através de pessoas que dela necessitam ou por intermédio de entidades como as Conferências de São Vicente de Paulo.
Além da preocupação pela "dimensão" dos pedidos de habitação social, o presidente do município expressou, também, apreensão face ao estado de conservação de dois bairros sociais - Cova das Faias e Integração -, às portas da cidade de Leiria.
"Estão num estado lastimável", desabafou.
O responsável esclareceu ainda que o município não tem disponibilidade, neste momento, para entregar mais habitações sociais, além das cerca de cem que possui.
"As casas que são das autarquia estão todas ocupadas", disse, acrescentando que também não surtiu efeito o pedido do município ao Estado para ceder oito casas junto do designado bairro da prisão escola, na cidade de Leiria, para realojar famílias.
Segundo Raul Castro, a resposta a este problema está "fortemente condicionada" pela eventual alienação parcial do estádio municipal, pelo valor de 63 milhões de euros, e privatização da água e saneamento, por 30 milhões de euros.
A vereadora com o pelouro da Acção Social, Lurdes Machado, referiu, por seu turno, que os pedidos de habitação social surgem de pessoas e famílias que se debatem com o desemprego e a incapacidade de pagar empréstimos ou a renda da casa onde vivem.
Famílias monoparentais e nómadas, e pessoas que foram atingidas por doenças estão também na lista dos pedidos, cujo aumento encontra justificação na "crise", observou Lurdes Machado.
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