Emigração e envelhecimento são responsáveis.
Portugal está há cinco anos consecutivos a perder população, segundo dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. De 2009 a 2014, são menos 198 657 pessoas, incluindo já o saldo natural – diferença entre nascimentos e óbitos – e o saldo migratório – diferença entre emigração e imigração. A 31 de dezembro de 2014 residiam menos 52 479 pessoas no País face ao último dia de 2013.
A emigração é um dos principais fatores para este agravamento. O número de emigrantes permanentes – ficam no estrangeiro por um ano ou mais – tem aumentado desde 2009. Passaram de 16 899 para 49 572 em 2014, sendo que o pico verificou-se em 2013, com 53 786 pessoas a abandonarem o País. O ligeiro abrandamento (-4214) de 2013 para 2014 não é relevante. Até porque o número de emigrantes temporários – deixam o país por um período inferior a um ano – não pára de aumentar: em 2011, primeiro ano com registos, foram 56 980 pessoas; em 2014 o número ascendeu a 85 052.
A tendência é de agravamento, em função dos índices de renovação da população em idade ativa e de envelhecimento. Ambos apresentam valores preocupantes. O primeiro (renovação da população ativa) está no valor mais baixo de sempre: por cada 100 pessoas dos 55 aos 64 anos existem 84 com 20 a 29 anos – em 2004 eram 131.
Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: Povo sem elites
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.