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"Liguei à minha mãe e despedi-me"

Jonathan lembra ao CM as horas de aflição entre as chamas.

09 de maio de 2016 às 16:22

A chamada para a mãe foi imediata. Jonathan Gabadinho, 32 anos, na altura bombeiro em Queluz, viu na atitude dos chefes que algo estava errado.

"Reparei que os meus superiores estavam nervosos e apercebi-me que a situação era complicada", começa por recordar ao Correio da Manhã. Combatiam um fogo na Tapada de Mafra, em 2009, e ficaram cercados. O único acesso era uma estrada que tinha sido engolida pelas chamas. "Pedimos meios, mas o meios aéreos já tinham sido desmobilizados. Então, decidimos avançar e subir o vale".

Jonathan recorda o medo que sentiu e o momento em que ligou à mãe. Explicou-lhe que as coisas não estavam a correr bem, que estavam com fome e sede. "Gosto muito de ti, mãe. Estamos cansados. Não sei o que vai acontecer", conta comovido.

Bombeiros contam histórias de sobrevivência

Hoje, bombeiro em Algueirão-Mem Martins, agradece ao 2º comandante a coragem de os ir buscar. "Lembro-me de o ver com um lance de 45 a combater as chamas para nos abrir o caminho e finalmente podermos sair dali".

A força, a coragem e o amor à camisola não o deixaram desistir. Jonathan tem agora mais força para lutar e para combater os medos.

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