Arrependido conta tudo sobre morte do empresário de Braga.
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Confissão prova corpo desfeito em ácido
Um dos arguidos, Hélder Moreira, confessou que João Paulo Fernandes foi morto pelos irmãos Bourbon, pelo ‘bruxo da Areosa’ e pelos amigos Luís e Rafael. E disse que quando chegaram à sua garagem, em Gondomar, os sequestradores já traziam o empresário de Braga, de 42 anos, morto no carro. Não sabe se após ter sido agredido, se vítima de tiro.
Precisavam de apagar vestígios, destruir as viaturas que usaram no sequestro e desfazer-se do cadáver. Na garagem, a PJ apreendeu o recipiente para guardar o ácido sulfúrico, depois de o corpo ter sido dissolvido.
Hélder Moreira não sabe exatamente onde é que o grupo se desfez do cadáver, presume que terá sido na serra de Valongo. E seis meses depois de o grupo ter sido preso pela Judiciária do Porto – num momento em que a acusação será conhecida nas próximas horas - a confissão do arguido encerra um ciclo. A PJ assume que não é possível encontrar os restos mortais, o Ministério Público envia o caso para julgamento.
Hélder Moreira, comerciante, poderá não responder pelo homicídio, mas apenas por crimes menores. Deverá ainda manter-se preso, tanto mais que o próprio assume que teme pela sua segurança. Exige ser protegido caso seja libertado.
A prova é extensa. Ao longo dos últimos oito meses - João Paulo Fernandes foi raptado em março deste ano - a Judiciária investigou os irmãos Bourbon - dois advogados e um economista. Eram os principais suspeitos do rapto e o objetivo era recuperar o corpo.
A interceção dos telefones do grupo - comprados todos após terem raptado a vítima - permitiu afastar esta hipótese. Era importante para a família, mas a verdade é que nada restava do homem que tinha sido milionário e que teria passado os bens, depois de ter sido enganado, para as mãos dos advogados.
A confissão do arguido - que também está em prisão preventiva - vem reforçar a tese do Ministério Público. João Paulo Fernandes foi morto logo na noite em que foi raptado. O grupo transportou-o até Gondomar, onde chegou já sem vida.
A intenção nunca foi pressionar a vítima a desistir da queixa contra os advogados. O objetivo era cometerem o crime perfeito, matar João Paulo Fernandes e não deixar qualquer indício.
Arguido negou os crimes
Hélder Moreira, dono da casa de Gondomar, onde foi encontrado o recipiente com resíduos de ácido sulfúrico, também falou ao juiz de instrução. Disse que nada tinha a ver com o crime, que nada sabia do empresário João Paulo Fernandes. Assegurou que apenas tinha emprestado a garagem.
Meses depois, Hélder Moreira voltou a ser ouvido e refez a versão. Confessou ter visto João Paulo Fernandes sem vida. Soube que o grupo se ia desfazer do corpo e nada fez para o evitar. Mas garante não ter participado no homicídio. Hélder Moreira diz que não confessou logo no primeiro interrogatório porque tinha medo dos coarguidos, que o podiam tentar calar.
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