Luís Miguel Pina está acusado de um crime de homicídio e outros quatro na forma tentada.
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O suspeito do atropelamento mortal ocorrido junto ao Estádio da Luz, em Lisboa, há exatamente uma semana, ficou, este sábado, em prisão preventiva. A defesa do suspeito vai recorrer da prisão preventiva.
Luís Miguel Pina está acusado de um crime de homicídio e outros quatro na forma tentada. Momentos antes de atropelar mortalmente e arrastar o corpo de Marco Ficini por 30 metros, Luís Pina terá tentado matar, também por atropelamento, outros quatro elementos da Juventude Leonina, claque do Sporting.
Segundo um comunicado entregue aos jornalistas por uma funcionária do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, a juíza sustenta a aplicação da prisão preventiva com base nos três pressupostos previstos no artigo 204 do Código de Processo Penal.
Fuga ou perigo de fuga; Perigo de perturbação do decurso do inquérito ou da instrução do processo e, nomeadamente, perigo para a aquisição, conservação ou veracidade da prova; ou ainda Perigo, em razão da natureza e das circunstâncias do crime ou da personalidade do arguido, de que este continue a atividade criminosa ou perturbe gravemente a ordem e a tranquilidade públicas.
O processo encontra-se em segredo de justiça.
À entrada do tribunal, o advogado do suspeito afirmou que o seu constituinte ia "esclarecer tudo" o que aconteceu naquela madrugada.
"[O meu constituinte] vai falar, vai colaborar com a justiça, vai esclarecer tudo", afirmou Carlos Melo Alves à chegada ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, no Campus da Justiça, onde o arguido vai ser presente a primeiro interrogatório judicial a um juiz de instrução criminal.
Suspeito de atropelamento na Luz vai falar em tribunal
O elemento ligado à claque do Benfica No Name Boys, entregou-se ao início da tarde de quinta-feira à Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa, acompanhado pelo seu advogado, que, à saída das instalações da PJ disse aos jornalistas que o seu constituinte "não matou ninguém", acrescentando que o que aconteceu "foi um acidente" provocado pela fuga aos adeptos do Sporting.
Questionado pelos jornalistas se seguiam mais ocupantes na viatura que atropelou a vítima, conduzida assumidamente pelo suspeito, Carlos Melo Alves afirmou que lhe estavam a dar "uma autêntica novidade", reiterando que o seu constituinte "nunca esteve em fuga", uma vez que não havia um mandado de detenção quando este se entregou à PJ.
Fonte ligada ao processo adiantou anteriormente à agência Lusa que o arguido, que está indiciado por homicídio simples, era o único ocupante da viatura que terá atropelado mortalmente Marco Ficini, de 41 anos e de nacionalidade italiana.
O advogado coloca ainda em causa a legalidade da detenção de Luís Pina, da forma como foi feita, depois de se ter entregado e, só passadas umas horas é que o Ministério Público emitiu o mandado de detenção, tendo Luís Pina ficado detido no dia em que se entregou.
Carlos Melo Alves espera que "se faça justiça" e que "o mediatismo" do caso não tenha influência na medida de coação a aplicar ao seu constituinte, mas reconhece que os "juízes são humanos".
O advogado contou ainda que Luís Pina foi ter consigo "a chorar", sem especificar quando é que isso aconteceu.
O início do primeiro interrogatório judicial no TIC de Lisboa começou às 09h30, depois de ter sido adiado na sexta-feira à tarde, devido a uma diligência relacionada com o reconhecimento de um arguido por parte de uma testemunha e irá continuar da parte da tarde, por volta das 14h30.
Marco Ficini, que pertencia à claque da Fiorentina O Club Settebello e era adepto do Sporting, morreu na madrugada de sábado, há exatamente uma semana, na sequência de um atropelamento e fuga junto ao Estádio da Luz, de acordo com a Polícia de Segurança Pública, que foi chamada ao local depois de alertada para a existência de confrontos naquela noite.
Em comunicado divulgado na quinta-feira, a PJ refere que deteve o suspeito do atropelamento mortal em cumprimento de mandado de detenção emitido pelo Ministério Público, tendo o mesmo ficado indiciado por um crime de homicídio consumado.
"Os factos ocorreram na madrugada do passado sábado, nas imediações do Estádio da Luz, em Lisboa, quando, na sequência de confrontos entre adeptos de dois clubes desportivos, o presumível autor terá atingido mortalmente a vítima, por atropelamento", relata a nota da PJ.
O atropelamento mortal deu-se horas antes de um jogo entre o Sporting e o Benfica, da 30.ª jornada da I Liga, no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
O homem era adepto do clube italiano Fiorentina e do Sporting. Os dois clubes, tal como o Benfica e outras entidades, lamentaram publicamente o sucedido.
Na terça-feira, a PJ recuperou o automóvel que terá sido utilizado no atropelamento mortal.
O veículo, que foi encontrado na Amadora, foi rebocado para as instalações da PJ, em Lisboa, para ser sujeito a perícias.
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