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“Ia partir os dentes à minha mulher”

Testa de ferro de empresa revela ter medo do bruxo.

23 de setembro de 2017 às 09:06

Nuno Ferreira, antigo funcionário do bruxo da Areosa, confirmou ontem no Tribunal de São João Novo, no Porto, onde decorre o julgamento da Máfia de Braga, que era testa de ferro na empresa Monahome, criada para simular a venda dos bens do empresário João Paulo Fernandes, que foi assassinado.

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“Ia partir os dentes à minha mulher”

A testemunha disse que em janeiro de 2016, dois meses antes do crime, foi ameaçado após ter dito que queria deixar a gerência dessa e de outras empresas.

"Disse que partia os dentes à minha mulher e que tratava de quem fizesse o mesmo comigo. Fiquei com medo dele e passei a trancar-me em casa", disse Nuno Ferreira, que garantiu que não tinha hipótese de recusar assumir a gerência da Monahome.

O arguido, que quis falar na ausência dos arguidos, disse ainda que o dinheiro resultante das rendas dos imóveis do pai do empresário era entregue a Pedro Bourbon e ao ‘bruxo da Areosa’.

"O Paulino dizia que o Pedro levantava o dinheiro. Eles os dois eram os beneficiários", afirmou a testemunha. Nuno revelou ainda que esteve presente no dia em que foi descarregado no armazém o bidão com ácido sulfúrico, que depois foi usado para dissolver o corpo da vítima. "Não sei o que tinha dentro", disse.

O antigo funcionário do ‘bruxo’ referiu ainda que apesar de tudo aquele tinha "um lado bom" e que salvou duas vezes Filipe Leitão da morte.

Este arguido terá tido doenças oncológicas. "Podem não acreditar, mas ficou bom de repente", disse.

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