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Autoridades despejaram prédio em Lisboa ocupado por grupo de cidadãos

O n.º69 da Rua Marques da Silva foi ocupado em protesto contra o avanço da especulação imobiliária.

30 de janeiro de 2018 às 14:25

As autoridades iniciaram esta terça-feira de manhã a desocupação de um prédio em Lisboa, ocupado por um grupo de cidadãos em setembro como alerta para um dos maiores problemas que a cidade enfrenta.

O nº69 da Rua Marques da Silva, na zona de Arroios, foi ocupado em protesto contra o avanço da especulação imobiliária, explicou na altura à Lusa um dos membros da Assembleia de Ocupação de Lisboa (AOLX), constituído por "pessoas de várias idades e sem ligações a partidos ou associações". O prédio pertence à Câmara de Lisboa.

A desocupação começou pelas 10:00 de hoje, "quando a polícia chegou e rebentou a porta", contou Tiago Duarte, da AOLX.

Segundo disse, quem se encontrava dentro do prédio pediu para ver o despacho do vereador do Urbanismo a dar a ordem de despejo, que os agentes disseram não ter em sua posse.

"Não há qualquer documento que justifique isto", afirmou, lembrando que, desde a ocupação, a 15 de setembro, "foram feitas várias obras de renovação", nomeadamente no telhado e em vários apartamentos, havendo já pessoas a habitar no edifício em regime temporário.

A AOLX estava "a desenhar uma espécie de programa de rendas convencionadas, para distribuição dos seis fogos através de concurso público, que ia ser revelado na quarta-feira".

"Tentámos falar com a Câmara Municipal de Lisboa, que nunca deu qualquer resposta", referiu.

No local, pelas 12:00 de hoje, estava uma representante da autarquia, que remeteu esclarecimentos para mais tarde, em comunicado.

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