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PJ desiste de procurar cadáver de vítima

Sondas só permitem deteção de corpos em solos que foram remexidos recentemente.

20 de fevereiro de 2018 às 09:02

Marcelo Santos desapareceu, sem deixar rasto, em dezembro de 2013. Três meses depois, a irmã, Carla, foi assassinada pelo ex-companheiro Moisés Fonseca, numa casa em Monte Abraão, Sintra. A família dos dois irmãos acredita que Moisés, condenado a 25 anos de cadeia pelo homicídio da ex-mulher à facada, é responsável também pela morte de Marcelo Santos, cujo cadáver nunca foi localizado.

Mas o Ministério Público arquivou pela segunda vez a investigação à morte de Marcelo Santos e desistiu de procurar o cadáver, embora assuma que a única forma de verificar a presença de um corpo seria através de detetores de rastreamento no solo dos terrenos de Moisés, "todavia os detetores existentes não têm essa virtualidade, pois apenas conseguem detetar áreas de terreno que tenham sido remexidas recentemente".

A PJ foi aos terrenos dos pais do homicida, na Batalha, verificar se havia um corpo, neste último processo que foi aberto. Os inspetores estiveram na casa, terrenos e até em armazéns mas nada encontraram. Refira-se que Moisés assumiu, em pelo menos seis conversas informais com a PJ, que tinha assassinado Marcelo, mas sempre recusou assinar formalmente a sua confissão.

O Ministério Público, neste segundo despacho de arquivamento, datado de 25 de janeiro deste ano, refere que "o suspeito Moisés Fonseca caracteriza-se por ser bastante inteligente e muitíssimo cauteloso, o que desde logo nos leva a concluir que este não seria o local por ele escolhido para proceder à ocultação de um cadáver". O processo acabou arquivado.

PORMENORES

Arquivamento

A procuradora Teresa Moita Ramos refere que "não existem indícios suficientes, pelo menos com a suficiência exigida pelo Código de Processo Penal, para se sustentar uma acusação".

Crime à facada

Nas conversas informais com a PJ, Moisés referiu que matou o cunhado com a mesma faca com que tinha sido atacado, invocando ter sido em legítima defesa. Não revela onde está o corpo.

Apoio da família

Moisés tem contado sempre com o apoio da família. Aliás conseguiu passar todo o seu património para os pais e a irmã de forma a evitar pagar a indemnização ao filho no valor de 120 mil euros.

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