O comandante José Galinha criticou a atual direção da associação humanitária por "não ter ligação com o corpo ativo" e "não investir em nada".
Os Bombeiros de Cuba (Beja) deixaram de prestar socorro à população à noite, desde esta quarta-feira, e aos fins de semana, alegando falta de pessoal, mas o comando distrital garantiu esta quinta-feira a cobertura por corporações vizinhas.
A suspensão da prestação de serviços à noite e aos fins de semana por parte dos operacionais dos Bombeiros Voluntários de Cuba foi anunciada, na quarta-feira, através de comunicado publicado na página da corporação numa rede social.
O comunicado, assinado pelo comandante dos bombeiros, José Galinha, critica os órgãos dirigentes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários, acusando-os de terem tido uma "ação" que se tem "vindo a degradar", o que coloca "em causa a manutenção da atividade" dos operacionais.
Na mesma nota, é informado que, desde as 20h00 da última quarta-feira, os bombeiros deixavam de dispor "de recursos para atender a quaisquer solicitações" que lhes fossem "endereçadas durante o período noturno e fim de semana", porque "parte do corpo ativo" manifestou "a sua indisponibilidade" para o serviço e "os elementos restantes são insuficientes para cumprir as escalas de serviço".
O comandante José Galinha criticou hoje, em declarações à agência Lusa, que a atual direção da associação humanitária "não tem ligação com o corpo ativo" e "não investe em nada, nem resolve qualquer problema", o que levou a que "muitos voluntários tenham metido cartas de inatividade".
"Só temos duas ambulâncias, as outras estão paradas à espera de reparação e o pessoal está saturado e descontente e acha que já chega. Os voluntários, em vez de cinco ou seis serviços por mês, estavam a fazer 10 ou 12, sem receberem qualquer incentivo, e os bombeiros profissionais também já são poucos e nem consigo fazer escalas", lamentou.
Durante o dia, "os operadores ainda vão atendendo o telefone" do quartel, mas "o INEM fica inoperacional e à noite e aos fins de semana não trabalhamos", porque "a partir de segunda-feira, com as férias do pessoal, ficam só dois operadores" na central, o que "é insustentável", resumiu.
No comunicado, a corporação deseja que a situação "volte à normalidade com a maior brevidade" possível.
Contactado esta quinta-feira pela agência Lusa, o responsável do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, Vítor Cabrita, confirmou que, na quarta-feira à noite, não houve operacionalidade na corporação de Cuba e que "hoje às 07h00 voltou a haver", aguardando "informações sobre a noite de hoje" e acerca "do próximo fim de semana".
"Na ausência de operacionais disponíveis para prestar socorro nessa área de atuação", que corresponde à do concelho de Cuba, "e sempre que seja possível e tenhamos conhecimento dessa situação, vamos mobilizar meios dos concelhos adjacentes", ou seja, "de Vidigueira, Beja, Ferreira do Alentejo e Alvito", explicou.
Mas esses meios e recursos não englobam os que são da responsabilidade do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), alertou: "Terá de ser o INEM a mobilizar ambulâncias, as viaturas médicas de emergência e reanimação e os helicópteros", enquanto o CDOS poderá "mobilizar os carros de desencarceramento e outro tipo de apoios".
"Sendo certo que não há ninguém que vá ficar sem socorro", sublinhou o comandante distrital, este "pode é levar mais ou menos tempo a chegar", dependendo "do sítio onde se localizar a ocorrência".
A Lusa procurou obter esclarecimentos por parte do presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cuba, João Português, mas o responsável esteve incontactável por telefone.
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