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Velha arma G3 deixa Exército após 57 anos ‘aos tiros’

Governo português adquiriu 18 950 armas SCAR-L, de fabrico belga, num investimento que ronda os 42 milhões.

17 de setembro de 2019 às 08:28
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Velha arma G3 deixa Exército após 57 anos ‘aos tiros’

O primeiro-ministro presidiu à cerimónia de apresentação da nova família de armas ligeiras do Exército, abrilhantada com uma demonstração de fogo real no campo de tiro da Escola de Armas, em Mafra.

Até 2023, 18 950 armas dotarão este ramo das Forças Armadas: 15 mil SCAR L (a substituta da G3), 550 SCAR H (de precisão), 1400 metralhadoras Minimi (ligeiras e médias) e ainda 2000 lança granadas FN40GL. Tudo a troco de 42 milhões de euros.

"A conflitualidade e as características dos teatros de operações exigem que os militares estejam equipados com armamento leve, simples, com grande cadência de tiro, ao mesmo tempo, robusto e com grande precisão às próximas e médias distâncias", afirmou António Costa. "O imperativo de modernização impunha-se, mas não apaga o contributo de mais de 50 anos da G3", disse.

No quadro da execução da nova Lei de Programação Militar, estão previstos mais de 4,7 mil milhões de euros para vários programas de aquisição de equipamento militar.

Saiba mais

1962

Ano em que a espingarda G3, de fabrico alemão, entrou ao serviço do Exército português. Entrou logo em ação na Guerra do Ultramar, em África, onde era vista como uma arma bastante moderna para a altura.

600 tiros por minuto

A G3, com munições de calibre 7,62 mm, tem a capacidade de disparar 600 tiros por minuto, com a velocidade de saída do projétil a atingir os 790 metros por segundo.

Vários países

Vários países adotaram a G3 como arma para equipar os seus exércitos, entre os quais Grécia, Irão, México, Noruega, Paquistão, Suécia e Turquia, para além de Portugal.

Descontinuada

A empresa Heckler & Koch, fabricante da G3, deixou de produzir a espingarda de assalto em 2000/2001.

Missões

O Exército usou a G3 no Ultramar, Balcãs, Afeganistão, em Timor-Leste e em missões na República Centro-Africana, ao serviço das Nações Unidas.

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