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Artigo exclusivo

‘Guerra das boinas’ está a dividir Exército

Oficiais e sargentos das unidades de elite deixam de as poder usar com o uniforme nº 1.

12 de julho de 2020 às 01:30

“Quando os militares que ocupam cargos de responsabilidade não conhecem ou se esquecem do historial que está associado ao uso da boina verde, demonstram claramente a falta de sensibilidade para tratar estes assuntos com serenidade”, escreveu esta semana Carlos Perestrelo, último general oriundo dos paraquedistas. “Desde que recebi a minha boina verde, no dia 25 de Março de 1985, nunca deixei de a envergar e nunca mais utilizei um boné de pala”, disse, classificando a decisão de “absurda” e que “choca todos aqueles que a [boina] conquistaram com suor e sacrifício”.

Faria de Menezes, antigo general comandante das Forças Terrestres, afirmou que “não faz qualquer sentido”. “Honrar a simbologia que faz a coesão, manter a liturgia de códigos e cerimoniais deveria ser parte da ação de comando. Numa altura em que escassa a vontade de servir, em que por inação ou impossibilidade cada dia somos menos e com as mesmas missões, mexer na simbologia e dividir a malta parece ser uma péssima modalidade”, disse.

Paraquedistas têm a boina verde desde 55

Nascidos em 1955 na Força Aérea (saíram em 1994 para o Exército), os paraquedistas usam a boina verde desde sempre. Eram obrigados a manter qualificação em saltos para a poderem usar.

‘Vermelha’ é o símbolo dos Comandos

Os Comandos, criados em 1961, passaram a usar 2 anos depois, sem ordem superior, a boina vermelha que os distingue, e que está no imaginário de muitos. Em 65 foi proibida e acabou oficializada em 1974.

Rangers usam a verde-seco

Em 1989, o Centro de Tropas de Operações Especiais, de Lamego, adota a boina verde-seco e um emblema próprio, que hoje se mantém. Os Rangers foram criados em abril de 1960.

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