Pai de Rodrigo arrasado no funeral. Padre Miguel Ângelo falou em falta de humanidade.
Pai de Rodrigo falou em exclusivo à CMTV
Sérgio Lapa é um pai destroçado. No funeral do filho, ontem de manhã, em Estômbar, Lagoa, teve de ser amparado e levado pela família para dentro da igreja matriz, onde foi rezada missa. Ao CM, mostrou-se arrependido e disse sentir-se culpado por ter deixado Rodrigo ir viver com a mãe: "A pessoa que fez mal ao meu filho teve ajuda, não conseguia fazer aquilo sozinha."
Sérgio Lapa não consegue conter as lágrimas e a emoção. A mãe de uma das amigas de Rodrigo testemunha o carinho do pai: "Gostava muito dele e sempre o tratou bem. Disse-me que um dia o Rodrigo sairia da casa da mãe e ia para junto dele", conta Inês Louzeiro, que, garante, por vezes, "dava dinheiro ao jovem para comer".
Apesar da tragédia, Sérgio Lapa tratou das cerimónias fúnebres. Nos últimos dias tem sido amparado por uma irmã e ontem, no funeral do jovem assassinado à pancada pelo padrasto, contou com o apoio de mais de 500 pessoas.
"O Rodrigo é uma vítima de muita falta de amor", começou por dizer o padre Miguel Ângelo durante a homilia. "O caso do Rodrigo ensinou-nos que a humanidade falhou. Resta agora a saudade e a memória de todos os que gostavam dele."
Algumas horas depois de ter sido ameaçada e insultada no velório do filho, Célia Barreto voltou a ser escoltada por militares do Destacamento de Intervenção e do Núcleo de Investigação Criminal. Entrou pelas traseiras da igreja, assistiu à missa e saiu pela pela mesma porta.
A GNR evitou que Célia entrasse em contacto com as restantes pessoas e a mulher acabou por não acompanhar o funeral até ao cemitério.
O padrasto, Joaquim Lara Pinto, saiu do Algarve no dia do crime e fugiu para o Brasil.
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