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Avaria em viatura mata soldado

Testemunhas dizem que sargento sabia de problemas no dumper.

10 de abril de 2016 às 03:19

Jorge Parente disse em tribunal que não sabia que o travão de mão do ‘dumper’ - veículo usado para cargas e descargas - estava avariado, e que por isso ficava sempre parado com uma mudança engatada. Porém, as testemunhas ouvidas no Tribunal de Vila do Conde, na semana passada, garantem que o arguido, que é 1º sargento na Escola Prática de Serviços, na Póvoa de Varzim, tinha conhecimento dos problemas do veículo, e que mesmo assim girou a chave, provocando o acidente que matou o soldado Filipe Viana, de 25 anos, a 9 de outubro de 2014."Conduzi a viatura durante três anos e esteve sempre avariada. Cheguei a dizer ao sargento verbalmente o que se passava e ele disse que ia reparar o caso", descreveu o ex-soldado Nuno Monteiro. A testemunha disse ainda que na manhã do acidente, o arguido, que está acusado de um crime de homicídio por negligência, já tinha ligado o ‘dumper’. "Deu à chave e houve um solavanco, mas como o veículo estava parado junto a um passeio, não aconteceu nada". Também um funcionário da escola prática referiu em audiência já ter avisado o sargento. "Comuniquei a avaria ao sargento e às oficinas", explicou António Carvalho.

O acidente ocorreu quando na caixa de velocidades estava engrenada a 3ª velocidade e dois soldados e um funcionário da escola prática estavam a descarregar lenha. Quando Jorge Parente, ligou o veículo, sem subir ao volante, este deu um forte solavanco e esmagou contra uma parede o soldado.

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