Sindicato diz que números cresceram desde 2013.
O presidente do Sindicato da Construção afirmou este sábado que, apesar da "grande queda" no setor, registaram-se desde 2013 mais onze acidentes mortais, defendendo a substituição do presidente da Autoridade para as Condições de Trabalho devido à sua "intervenção inadequada".
De acordo com os dados divulgados este sábado, no Porto, pelo Sindicato da Construção de Portugal, em 2013, registaram-se 34 acidentes mortais de trabalho, número que aumentou em 2014, para 41, e em 2015, para 43.
O presidente da Autoridade para as Condições de Trabalho, Pedro Pimenta Braz, "deve ser substituído porque tem tido uma intervenção inadequada ao setor", afirmou Albano Ribeiro, em conferência de imprensa, apontando, como exemplo, uma visita "a um estaleiro com 56 empresas e em que só inspeciona três".
Essas três empresas, segundo o dirigente sindical, "são as que integram o consórcio que ganhou a obra [de construção da barragem do Tua]. Depois, lá dentro, há mais de 50 que ele não inspeciona".
"Este foi o único inspetor-geral do trabalho, desde que eu estou à frente deste sindicato, há muitos anos, que desde o início rejeitou colaborar com o sindicato. Os resultados estão à vista", sublinhou.
Desinvestimento no setor
Em seu entender, "há um grande desinvestimento no setor da construção e ele [Pimenta Braz] não tem uma intervenção qualificada em empresas que não cumprem as regras de segurança. Deve, por isso, ser substituído. O Primeiro-Ministro deve tomar medidas e deve substituí-lo".
Albano Ribeiro considerou ainda que "se não fossem as ações de sensibilização para as questões de saúde, segurança e higiene nos locais de trabalho realizadas pelo sindicato, teriam morrido muitos mais trabalhadores".
"O caricato é que o dinheiro para apoiar campanhas de sensibilização alusivas à higiene, saúde e segurança nos locais de trabalho resulta dos descontos dos trabalhadores e das entidades patronais, mas será que estas verbas foram desviadas para cumprir as metas do défice?", questiona.
Albano Ribeiro disse que o sindicato "investiu milhares de euros em deslocações por todo o país, onde realizou 205 ações de sensibilização, entregou 40 mil documentos e contactou com mais de 25 mil trabalhadores".
Reunião com António Costa
O responsável disse já ter solicitado uma audiência ao Primeiro-Ministro, António Costa, para lhe apresentar as suas propostas para 2016, que têm em vista contribuir para "uma redução de 50% de acidentes mortais no setor comparativamente com o ano de 2015".
Visam também o investimento na "renovação do parque escolar, o que iria permitir criar cerca de 10 mil postos de trabalho, a requalificação de infraestruturas importantes como via-férrea, rodovias, hospitais e a reabilitação urbana".
"As propostas que vamos levar são perfeitamente suportáveis. Por exemplo, é de lamentar que na escola Alexandre Herculano, o laboratório de química esteja há dois anos fechado porque o soalho cedeu e que as janelas não se possam abrir, porque podem cair", frisou.
Segundo o dirigente do sindicato, António Costa "foi o único que na campanha eleitoral e, depois, disse que o setor da construção era muito importante para a criação de emprego. Espero que ele nos receba e nos ouça e, assim, evite uma concentração de mais de mil trabalhadores do setor à sua porta".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.