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Agressão com navalha dá dez anos de cadeia

O arguido, de 45 anos, suspeitava que a vítima teria um relacionamento amoroso com a sua mulher.

12 de dezembro de 2014 às 16:19

O Tribunal Judicial de Braga condenou esta sexta-feira a 10 anos e 3 meses de prisão um homem que agrediu outro à navalhada numa pizaria em Antas, Esposende, em outubro de 2012, por razões passionais.

Segundo o tribunal, o arguido, de 45 anos, suspeitava que a vítima teria um relacionamento amoroso com a sua mulher, mas ter-se-á enganado no 'alvo'.

Um engano que, de acordo com a juíza presidente do coletivo, foi provocado pelo facto de a vítima ter o mesmo nome (Rui) do alegado amante da mulher do arguido, "de que tanto se falava" na zona.

O tribunal considerou que o arguido entrou na pizaria "de cabeça perdida", com uma navalha de abertura automática escondida no casaco, e agrediu a vítima "de forma traiçoeira", com dois golpes.

O primeiro atingiu a vítima no dorso e o segundo perfurou-lhe o abdómen, provocando-lhe 256 dias de doença.

"Sabia que ia atingir órgãos vitais e que lhe podia tirar a vida, o que só não aconteceu por razões alheias à sua vontade", sublinhou a juíza.

O arguido foi condenado por homicídio qualificado na forma tentada, na forma agravada, e por detenção de arma proibida.

Terá ainda de pagar uma indemnização de 15 mil euros à vítima e de mais de sete mil euros à Unidade Local de Saúde do Alto Minho, pelos tratamentos prestados à vítima.

Advogado vai interpor recurso

Os factos remontam à noite de 18 de outubro de 2012, na pizaria onde a mulher do arguido trabalhava como cozinheira.

O arguido foi buscar a mulher e ao aperceber-se da presença da vítima na pizaria desferiu-lhe de "imediato" uma navalhada no dorso.

"Nem cuidou de saber se era mesmo verdade que ele mantinha uma relação com a mulher", criticou a juíza.

Os dois envolveram-se em agressões, tendo então o arguido desferido o segundo golpe.

O advogado de defesa, Augusto Eiras, admitiu que irá interpor recurso, considerando que a pena "foi excessiva".

O arguido aguardou julgamento em liberdade.

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